SEMEANDO A INCERTEZA DO FUTURO
BIA BOTANA
“...não pode um príncipe de prudência, nem deve guardar a palavra empenhada quando isso lhe é prejudicial e quando os motivos que o determinaram deixarem de existir. Se todos homens fossem bons, tal preceito seria mau. Mas, considerando que são pérfidos, e não a guardariam a teu respeito, também não estás obrigado a cumprí-la para com ele." da obra “O Príncipe” (1513), de Niccoló de Bernardo de Machiavelli, mais conhecido por Maquiavel.
Por volta do ano de 1806, foi forjado um dito popular em razão da resistência portuguesa aos avanços das tropas napoleônicas, que se fez marco de um conceito latino de imutabilidade, quando tudo parece mudar para as coisas continuarem as mesmas, e quanto isso acontece os descendentes de Portugal, ainda lá ou de além mar, dizem: “Tudo igual como dantes no quartel de Abrantes”.
Nestes dias, quando lanço meu olhar para o futuro que nos aguarda em 2026, sinto um frio gélido subir pela espinha. Quando escrevi minha última análise política para cenários futuros, em 27 de novembro de 2012, com o título “2012 UM ANO PERDIDO, 2013 SEM HORIZONTE…” (link abaixo em Referências), o futuro era questionar e sombrio. Eu decidi reler o texto de 2012 para melhor contextualizar a presente análise. Após 13 anos de intervalo, eu me impressionei com a similaridade circunstancial entre o passado e o presente. onde os personagens de proa podem ter mudado, mas as coisas continuam as mesmas, tal e qual no quartel de Abrantes. Mas, eu posso dizer que as circunstâncias se agravaram, alcançando um patamar ainda mais crítico.
No texto de 2012, eu só não previ a questão russa, porquanto os europeus, especialmente a tríade Reino Unido, França e Alemanha, estavam naquela época com um brotherhood affair com os tycoons russos e com o próprio governo da mãe Rússia, que da mesma maneira que tinham estado com os senhores do petrodólares desde 1973, que encheram as burras européias com a venda de suas propriedades e tudo que pudessem vender para seus novos senhores, inclusive vendendo a própria honra aos príncipes árabes. Desde 1991, com o capitalismo sem lei da Rússia, passou a ser a vez dos rublos russos serem despejados comprando a Europa, para alegria de seus financistas. empresários e políticos que passaram a esfregar suas mãos gananciosas de satisfação.
A brotherhood União Européia - Rússia encontrou seu primeiro ponto de discórdia, mais de duas décadas depois, quando a União Europeias cresceu seus olhos querendo abocanhar para si os antigos territórios russos da ex-União Soviética. Em fevereiro de 2014, tendo o então presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, se negado a assinar um acordo comercial para a entrada da Ucrânia no bloco dos países da União Europeia, preferindo manter os laço as culturais e históricos com a Rússia, o conflito surgiu em seguida, quando os europeus insuflaram uma revolta popular na Ucrânia usando o mesmo método de propaganda digital empregado na Primavera Árabe, e obtiveram a vitória da deposição do presidente ucraniano. Em março as tropas russas invadiram a Crimeia, a qual através de um referendo popular declarou-se independente da Ucrânia e uniu-se formalmente à Rússia. Consta que ocorreu uma condenação à Rússia por vários países, inclusive pela ONU, e sanções foram impostas à Rússia. Todavia, após a instalação de um presidente ucraniano favorável aos europeus, o acordo entre União Europeia e Ucrânia foi ratificado poucos meses depois. E os Estados Unidos lavaram as mãos não se meteram no assunto, se abstendo de favorecer com seu apoio qualquer um dos lados, o que fez que a questão russa da Crimeia adormecesse por alguns anos. (Link abaixo em Referências)
Eu também não previ que o mundo fosse assolado por um vírus mortal. Quando em 2013, eu li a ficção do escritor norte-americano Dan Brown, que contava então com sua esposa a historiadora como chefe-de- pesquisa Blythe Newlon (separados em 2019), entitulado “Inferno”, prenunciando a possibilidade de um vírus mortal que poderia disseminar parte da humanidade, eu considerei que as experiências biológicas em andamento em territórios fora dos EUA, conduzidas em laboratórios ultra-secretos patrocinados pelos EUA, tanto na Ucrânia e como na China, poderiam se envolver com esse tipo paranoico de profecia presente naquela obra de Dan Brown. Quando ao fim do mês de novembro de 2019, apareceu a primeira informação vinda da China sobre a presença de um misterioso vírus do tipo coronavírus em uma de suas cidades, onde por “coincidência” havia um laboratório de pesquisa biológica chino-americano, eu senti o chão debaixo dos meus pés desaparecer! 😱 Não é que eu seja fã de conspirações, mas o ser humano não tem um caráter confiável e vende a própria alma ao ver o brilho do ouro.
Então, a pandemia de COVID-19 se espalhou pelo mundo, e até hoje não se sabe quantos milhões de pessoas morreram e ainda estão morrendo. A única certeza que tive na época é que a humanidade está vivendo deste de 11 de setembro de 2001 o período profetizado por Jesus, sobre os sinais que antecederiam seu retorno, que se pode ler no evangelho de Mateus, 24:21-22:”… porque então a tribulação será tão grande como nunca foi vista, desde o começo do mundo até o presente, nem jamais será. Se aqueles dias não fossem abreviados, criatura alguma escaparia, mas por causa dos escolhidos, aqueles dias serão abreviados.”
Eu esperava sinceramente que após o tempo de terror vivido com a pandemia mundial criasse algum juízo nas cabeças dos poderosos responsáveis por conduzir o mundo a um período de paz e prosperidade, mas foi exatamente o contrário que aconteceu.
Em 31 de janeiro de 2020, após uma campanha muito bem orquestradas por influencers russos e com o íntimo envolvimento do partido conservador britânico (Tory) de direita com os tycoons russos, facilmente comprovável através dd qualquer serviço de busca sério na Internet, foi anunciado o BREXIT, que através de um “questionável referendo popular” ao estilo do referendo que deu independência à Crimeia, oficializou a saída do Reino Unido da União Europeia. Curiosamente ninguém questionou, nenhum outro país protestou e a ONU ficou calada.
No dia 6 de janeiro de 2021, uma horda furiosa de ultra-direita tomou o Capitólio, na capital dos EUA, em protesto do novo governo eleito do partido democrático. Os escritores norte-americanos Daron Acemoglu e James A. Robinson do best-seller “WHY NATIONS FAIL” de 2012, ficaram literalmente sem voz ao verem a elaborada teoria que escreveram para explicar o sucesso norte-americano ir para o lixo, com a barbarie instalada em Washington.
O novo governo estadunidense do partido democrático investiu numa reaproximação com a União Europeia. Sobre a mesa de negociações estava a questão sensível para os europeus da Ucrânia, cujo novo presidente empossado em 2019, era totalmente avesso à Rússia, e tinha por ambição não só ratificar de vez a entrada da Ucrânia na União Europeia, que ainda tinha pontos em negociação, como também entrar na OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte, e mais do que tudo queria recuperar a Crimeia que estava de posse da Rússia.
Nesta época os Estados Unidos também viam como ameaça o crescimento econômico da União Europeia, especialmente no que se referia a Alemanha, cujo gasoduto do fornecimento de gás russo estava para entrar brevemente em funcionamento impulsionando a produção alemã. A Europa estava atingindo a partir de 2020, um status de prosperidade incômodo aos EUA, indicando que após se recuperar das perdas da pandemia mudaria seu papel de aliada para forte concorrente, contando não só com os fortes investimentos russos, mas com o apoio da China, que ampliava cada vez mais sua esfera de influência comercial no mundo.
A Rússia tentava negociar com os EUA a não entrada da Ucrânia na OTAN, sem o menor sucesso. Tendo em vista que a União Europeia e o Reino Unido estavam apoiando o novo governo ucraniano aliado aos europeus, que por eles continuava sendo patrocinado.
Em 22 de fevereiro de 2022, a Rússia, que durante os oito anos na Crimeia militarizara a região, enviou de lá tropas para Donbas depois de reconhecer formalmente a independência das autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk (RPD) e Luhansk (RPL), vizinhas à Crimeia. Esta ação foi um prelúdio para a invasão em grande escala da Ucrânia, que começou dois dias depois, em 24 de fevereiro de 2022, sob alegação do governo de Moscou que a ação militar era contra o governo neonazista de Kiev, na Ucrânia, que vinha perseguindo e assassinando cuidadões de origem russa em território ucraniano, assim como em outras regiões ocupadas pelos russos.
A atitude dos Estados Unidos de postergar as negociações e as decisões em relação aos apelos russos para conter o avanço da União Europeia sobre os seus antigos territórios soviéticos e impedir a entrada destes na OTAN, particularmente em referências às pretenções ucranianas, foi o estopim de uma guerra que perdura até os dias de hoje sem um apaziguamento e sem possibilidade de um acordo de paz entre ucranianos financiados por europeus e os russos contando cada vez mais com o alinhamento dos EUA ao seu lado. Em verdade, os EUA está dando um strike na Europa derrubando as suas pretenções comerciais de se manter um player com poder decisório nas questões mundiais. Quanto mais a União Europeia e o Reino Unido insistem em proteger seus interesses comerciais na Ucrânia, mais os EUA, agora sob governo republicano de direita, se posicionarão adversos a esta ambição, por motivos óbvios que só os europeus parecem não quer ver.
Como se não bastasse a confusão bélica armada pelos europeus em sua área de influência, frente a crescente aproximação do governo de extrema-direita de Israel com o governo totalitário da Arábia Saudita, e o recrudescimento das provocações de membros do governo de Israel incentivando atitudes anti-islâmicos e anti-palestinos entre os israelenses, uma facção rebelde palestina com poder no território palestino de Gaza de nome Hamas se insurgiu contra Israel, praticando um violento ataque terrorista inesperado, invadindo o território israelense numa ação bélica militar nunca antes vista, no dia 7 de outubro de 2023, dando início a Guerra Israel - Hamas. Que por intervenção do governo republicano estadunidense entrou recentemente em fase negociação de paz, resultando no anúncio do cessar fogo de 14 de outubro de 2025, devendo entrar na segunda fase do plano de paz nos próximos dias. Mas, a paz no Oriente Médio por conta da belicosidade atual do governo israelense é tão frágil, que passa a sensação de se estar sentado em cima de uma bomba atômica, e não mais se assemelha a um barril de pólvora, como se dizia dos Balcãs no prelúdio da Primeira Grande Guerra.
Os Estados Unidos também estão investindo de maneira firme na negociação de paz para a Guerra Rússia - Ucrânia nos últimos dias, mas o favorecimento dado aos interesses de Moscou está deixando os europeus desacorçoados. Os lideres europeus estão fazendo uso de sua máquina de propaganda para aterrorizar o mundo com a ameaça da Terceira Guerra Mundial e a Rússia tem usado a dela para desmoralizar a credibilidade dos líderes europeus. A tomada de decisão dos europeus induzido pelos EUA, fazendo pressão com a OTAN, de investir pesadamente em armamentos está sendo a alegria da Indústria mundial de armas, que, não por acaso, os Estados Unidos possuem uma fatia pra lá de substancial deste mercado, o qual é o mais lucrativo do mundo e que movimentas alguns trilhões de dólares, considerando todos fornecedores e o mercado paralelo. (Link abaixo em Referências)
Recentemente, em 30/11/2025, o jornalista Bruno Costa, escreveu em seu artigo sobre esta atitude dos europeus:
“A hostilidade é dirigida sobretudo à Rússia, vizinho da Europa Ocidental e principal parceiro comercial durante décadas. Cada vez mais, porém, também se espalha para a China, apesar da ausência de qualquer conflito político ou económico genuíno entre o subcontinente e Pequim. Isso nos diz algo importante. A fonte da precise postura agressiva da Europa Ocidental não é de todo externa. Ela reside nas próprias estruturas políticas da região, na sua percepção confusa de si mesma e no pânico crescente das elites que já não compreendem o mundo que tomou forma à sua volta.” (Link abaixo em Referências)
Em números aproximados relativo ao ano de 2025, o PIB dos EUA pode fechar em 30 trilhões de dólares, o PIB da China deve fechar em 19,5 trilhões de dólares e o da União Europeia fechará em 19,4 trilhões de dólares, puxado pela potência da Alemanha. Fica evidente que para o jogo comercial norte-americano não é apenas a China que incomoda.
Em recente documento de estratégia divulgado pelo governo dos EUA, na noite do dia 5 de dezembro de 2025, sexta-feira, foi dito que a Europa enfrenta um "apagamento civilizacional" e pode um dia perder seu status de aliada confiável dos EUA, e denunciou a União Europeia como antidemocrática, o que parece levar em conta a nova interpretação da democracia estadunidense, com claro viés da “ideologia libertária” do Vale do Silício, que tenho mencionado nos meus artigos recentes. E diz que: "A longo prazo, é mais do que plausível que, dentro de algumas décadas, no máximo, alguns membros da OTAN se tornem majoritariamente não europeus".
O documento da presidência dos Estados Unidos alerta que a Europa está a caminha de se tornar “irreconhecível” em razão da política para imigrantes adotada, que, segundo o documento, está minando as identidades nacionais dos países europeus. A Casa Branca considera que o papel dos Estados Unidos nas próximas décadas, é ajudar a Europa a “corrigir sua trajetória atual”. E, ainda afirma que: “Uma ampla maioria europeia quer a paz, mas esse desejo não se traduz em políticas devido, em grande parte, à subversão dos processos democráticos por esses governos”.
Há quem diga que a Casa Branca errou no seu prognóstico futuro em relação à Europa, mas eu tenho que dizer que, infelizmente, está certa. A Primavera Árabe foi o maior erro do líderes mundiais que a fomentaram de 2010 a 2012, naquela época expressei minha preocupação severa com as consequências deste movimento nos países islâmicos em um artigo publicado no meu blog FREE THINKER- LIVRE PENSADORA, entitulado “Que mundo é esse? Salve-se quem puder!”, publicado em 26 de outubro de 2011, após o linchamento de Muammar Gaddafi, na Líbia. (Link abaixo em Referências)
O maior preço que a Europa teve que pagar pela insensatez de seus líderes de cutucar um ninho de marimbondos foi um processo imigratório em sucessivas ondas vindas dos países atingidos pelas bruscas mudanças políticas da Primavera Árabe. Todos nós acompanhamos e continuamos acompanhando o sofrimento das pessoas em busca de um lugar para que possam sobreviver. A cada verão europeu botes precários, lotados de fugitivos da desgraça que reina em suas terras natais, cruzam desde 2013 o Mar Mediterrâneo e depois o Canal da Mancha, em cenas trágicas à condição humana. Não é uma invasão de bárbaros poderosos e violentos que saqueavam as riquezas dos europeus no passado distante, hoje são hordas de pobres, famintos, despojados de tudo, que buscam refúgio e acolhimento, obrigando os europeus que sempre adoraram bater no peito como baluartes do cristianismo ou dos direitos humanos a provarem que são verdadeiramente cristãos e não apenas pregadores de valores que não praticam.
As hordas de pobres não param de chegar até hoje, e os países europeus passaram a adotar mais recentemente políticas de restrições migratórias e de expulsão de imigrantes, esquecendo que a grandiosa maioria vem de suas ex-colônias que tanto exploraram no passado. Os Estados Unidos agora lava as mãos, como se nada tivesse a ver com o incentivo da Primavera Árabe. Coisa de anglo-saxões, pois do mesmo modo fazem os britânicos quanto ao mesmo assunto, e também em relação aos russos, virando a cara para quem muito recentemente paparicavam. O mundo realmente tem primado pelo exercício da hipocrisia, e os líderes seguem o dito preceito maquiavélico posto no início deste texto, que serve para justificar a hipocrisia deslavada e a cara de pau dos pseudos príncipes que a praticam sem a menor dor na consciência.
O livro do historiador Francis Fukuyama, “Fim da História e o Último Homem”, de 1992, não estava de todo errado, foi uma questão apenas de tempo para estar totalmente certo. Hoje todos escrevem a História, nas mais diversas versões, resta saber qual será a versão vai sobreviver ao apocalipse digital que desponta já no horizonte.
Nós estamos vivendo num tempo repleto de controvérsias, onde só se tem plantado sementes de incerteza para o futuro, sem considerar que o futuro de curto prazo chega amanhã e o de longo prazo só vai chegar se pensarmos nele e deixarmos de lado soluções imediatista, quase sempre insensatas, e buscarmos planejar os nossos próximos passos para colocar o mundo todo de volta a um bom rumo.
O planeta Terra é a nossa única casa, a casa em que todos seres vivos vivem, não há outra casa lá fora. Estamos TODOS no mesmo barco viajando para o desconhecido. De que adianta gastar furtunas em guerras e ameaçar destruir o único lar que possuímos? Não devíamos consertar aquilo que nós mesmos estamos destruindo?
Jesus disse que a verdade viria da boca das crianças, e está semana na Alemanha crianças e jovens protestavam contra o serviço militar obrigatório. A Euronews trouxe uma ótima reportagem (Link abaixo em Referências) onde se pode ler a seguinte frase na manchete: "Vocês, velhotes, não têm de lutar”. E não é a mais pura verdade que essas crianças e jovens serão os soldados de amanhã? E qual bom cristão seguidor dos mandamentos pode se sentir bem matando outro ser humano, mesmo sendo este um inimigo? Mas a engrenagem da sociedade violenta se posta para ameaçar e se ergue como uma fera apocalíptica querendo engolir as novas gerações sem que tenham direito a dar seus frutos.
Sem dúvida já passou da hora de “corrigir o rumo”, mas o que se pode fazer quando aqueles responsáveis por essa correção teimosamente insistem em manter o mesmo rumo errado? Tudo o que escrevi no meu prognóstico de 2011 para 2012, serve perfeitamente para este que agora escrevo a contemplar a passagem ilusória do tempo de 2025 para 2026, e isto ao meu ver é muito estranho, pois parece tudo igual neste maldito quartel de Abrantes! E as ameaças de guerra e devastação continuam mais firmes e fortes do que nunca, é o Armagedom que se aproxima talvez chegue em 2026, talvez depois, mas chegará. O dia e a hora nem os anjos do Céu sabem, somente o Senhor Deus sabe. Só posso passar a você que me lê o mesmo conselho que recebi: “Não tenha medo, tenha Fé!” De alguma maneira sobrenatural tudo dará certo.
Referências
https://bbfreethinker.blogspot.com/2012/11/2012-um-ano-perdido-2013-sem-horizonte.html?m=1
https://outraspalavras.net/geopoliticaeguerra/a-patetica-opcao-da-europa-pela-guerra/
https://www.whitehouse.gov/wp-content/uploads/2025/12/2025-National-Security-Strategy.pdf
FREE THINKER - LIVRE PENSADORA: QUE MUNDO É ESSE? SALVE-SE QUEM PUDER!
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