Bia Botana
Nesses dias foi possível observar aqui no Brasil o mega-evento religioso da Igreja Católica Apostólica Romana, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) relizada na cidade do Rio de Janeiro, no qual o surge a forte liderança carismática do novo papa Francisco, que tem levado multidões aos delírio tal como se fosse um ‘pop-star’ mundial de primeira grandeza.
Longe de ser apenas o líder espiritual da maior
religião do mundo, o papa Francisco emerge no cenário político mundial como uma
força indiscutível do pensamento econômico-social cristão contemporâneo.
Queira-se ou não, não é possível separar o capitalismo da mentalidade cristã,
porquanto foi justo em razão dessa mentalidade capitalista cristã nascida no
século XI que o progresso e o desenvolvimento econômico da sociedade cristã
européia teve seu início, conduzindo a uma revolução crescente tanto no campo
das idéias como das práticas comerciais e econômicas, sempre crescente apesar
dos embates sofridos no decorrer dos séculos, como a reforma (uma revolução
religiosa no seio do cristianismo), a revolução burguesa, a revolução
industrial, a revolução comunista e a atual revolução tecnológica. Apesar dos crescentes desafios o
cristianismo se manteve firme liderando e
socorrendo o progresso capitalista em seus momentos mais críticos.
Nas últimas décadas o processo capitalista foi
fortemente conduzido por lideranças cristãs protestantes, judáicas e atéias,
todas reunidas num combate de oposição
à liderança da célula-mater do cristianismo, a Igreja Católica
Apostólica Romana. O Vaticano para sobreviver foi obrigado a ceder a um forte
lobby das idéias vigentes após a Segunda Grande Guerra Mundial. Com os
acontecimentos desastrosos desse início do século XXI, a partir do ataque
terrorista à Nova Iorque (11/09/2001) o antigo mundo capitalista emergido da
Guerra Fria passou a sofrer crescentes derrocadas, que resultaram em 2008 na maior crise econômica do capitalismo
no mundo desde o século XI, a qual persiste até os dias de hoje.
É nesse cenário de uma economia mundial a beira da
ruína a ameaçar com o caos a sociedade humana, que a Igreja Católica se eleva
com a liderança surpreendente e inovadora em todos os sentidos do papa
Francisco, que em seus discursos vem conclamando a todos à renovação de valores
éticos e morais pela prática do “bom senso” no exercício diário, na sua
vivência em todos os campos de atuação da vida: social, político, econômico e
financeiro. Há que se recordar, que no passado foi exatamente essa ética moral
da mentalidade cristã devotada ao princípio da honra e honetidade e à
dignificação do trabalho que permitiu tanto o fortalecimento do pensamento
capitalista como seu progresso, e, observa-se, que, justo pelo abandono desses
princípios instalou-se o presente processo de decadência capitalista.
O que vemos é a mesma filosofia jesuíta que promoveu
as Grandes Navegações no século XVI, agora agregada de um pensamento mais
humanista e contemporâneo usada para exaltar a clareza do novo rumo que deve
ser tomado por grande parte da humanidade, aquela responsável pela existência
da atual civilização cristã que inegavelmente exerce seu domínio sobre o mundo.
Portanto, é necessário que a cúpula da liderança mundial atente para o novo
fato: não apenas temos um novo papa como também a sociedade capitalista tem um
novo líder mundial de peso, capaz de nos conduzir às reformas necessárias nos
cenários político-econômico e social para a construção de uma sociedade mais justa
para todos. Pois, certo é, que o mundo que nós conhecíamos até 2008 já não
existe mais e os valores e princípios vigentes até então não são hoje mais
aceitáveis. Nós somos como os grandes navegadores do passado, nós também
estamos rumando para o desconhecido, e precisamos sem dúvida que alguém nos
mostre como caminhar para a luz a fim de sermos capazes de realizar nossas
vidas com a felicidade que Deus nos deseja. Para isso, ao que parece, Deus nos
enviou o papa Francisco para falar em nome do próprio Jesus. Botemos então FÉ
nele para chegar lá !!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário