INGENUIDADE ULTRAJADA DO
BRASIL
Bia Botana
Honestamente, por vezes eu não acredito nas coisas
que acontecem com o Brasil! Eu fico me perguntando em que mundo os brasileiros
vivem, pior, em que mundo as autoridades brasileiras vivem, ou pior ainda, em que
mundo a presidenta Dilma Rousseff
está vivendo.
Quando o presidente Fernando Collor subiu ao poder
no início da década de 90 ao final do século XX, ele fez o desfavor à nação
brasileira de desmantelar os arquivos do SNI (Serviço Nacional de Informação),
passou todos os arquivos pelo picador e guardou só as informações estratégicas
para o seu grupo de amigos privilegiados poderem roubar bem e melhor a Nação. O Collor caiu e
veio presidente Itamar Franco e os assutos de segurança nacional ficaram ao encargo
da SAE ( Secretaria de Assuntos Estratégicos), que foi a responsável maior das
confusões absurdas que rondaram a concorrência do projeto SIVAM (Serviço de
Vigilância da Amazônia), devido a total falta de articulação e troca de
informação entre as divisões de inteligência das Forças Armadas, da Polícia
Federal e também do Itamaraty, o episódio foi uma verdadeira “guerra de
informações”, que fez cair até cabeças de ministros. Com o presidente Fernando
Henrique Cardoso surgiu o Ministério da Defesa e com ele a Abin (Agencia
Brasileira de Inteligência), a essa altura foram concursados novos analistas
brasileiros de informações que nada sabiam da arte da espionagem e muitos dos antigos
“arapongas” brasileiros foram contratados com polpudos salários por agências
estrangeiras de inteligência como a CIA (EUA), o MI 5 (GRA), Mossad (Israel) e
outros, quando não por grandes empresas internacionais que vivenciavam um período de grande disputa dentro do
mercado global. Certamente, se o aparelhamento de inteligência de segurança
nacional não tivesse sido desmantelado pelos próprios governantes
brasileiros, o Brasil não teria
enfrentado durante o período do governo Henrique Cardoso, em 1999, a crise
russa, ou ao menos estaria melhor preparado para enfrenta-la.
Já ao chegar à cadeira da presidência da república,
Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores (PT) contava com o apoio
do serviço de inteligência do próprio partido, o qual era considerado por todos
como um dos melhores serviços de espionagem do Brasil. O que havia naquela época e deixou de
existir hoje era uma maior coesão
entre os próprios petistas, que hoje estão fragmentados e lutando entre
si, numa constante guerra de informação e contra-informação, a qual fragiliza
cada vez mais não só o próprio partido como também o governo de Dilma Rousseff.
Haja visto o episódio absurdo dos protestos de junho de 2013, o qual comprovou-se recentemente com o fracasso dos protestos previstos para o último dia 7 de
setembro, não ter sido em nenhum tempo um movimento espontâneo de massa
movido pelo descontentamento popular, mas, sim, de ter sido um ato claro de
alto poder de manipulação das massas populares pelo uso das redes sociais da
Internet, uma instrumentação que foi usada ousadamente por refinados marketeiros e manipuladores políticos, tanto
do PT como da oposição. A experiência de junho de 2013 revelou a inépcia
generalizada dos serviços brasileiros de informação dos orgãos responsáveis pela segurança
pública e, sobretudo, a incompetência da Abin.
É bom recordar que os protestos brasileiros de junho
de 2013 tiveram ocasião justamente quando o caso “Snowden” vinha ao público
denunciando o uso de um sofisticado sistema tecnológico de espionagem
norte-americano, o qual era partilhado com outras nações aliadas como o Reino
Unido. Curiosamente, o caso em questão veio ao público pelas mãos de um jornalista norte-americano que
trabalha para um jornal britânico e que vive maritalmente com um brasileiro no
Rio de Janeiro. O caso tem todos os ingredientes para virar um "triller" hollywoodiano
daqueles para derramar rios de dolares nas bilheterias e consagrar o Brasil
como uma “República da Bananas” em pleno século XXI!!!
Desde que o programa Fantástico da rede Globo fez as
reportagens patrocinadas por informações de Edward Snowden e seus porta-vozes
oficiais do The Guardian britânico, denunciando que os EUA espionavam a
presidenta Dilma Rousseff e a Petrobras uma onda gigantesca de indignação tomou
a mídia tupiniquim e o próprio governo petista, como se ninguém soubesse o
nível da espionagem estrangeira que o Brasil estava exposto – a começar pela
própria mídia internacional capitaneada por Rupert Murdoch. Para se ter uma
idéia, desde 1996 jornalistas estrangeiros com a desculpa de fazerem jornalismo
investigativo passaram a bisbilhotar descaradamente e abertamente em cidades
como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Eles são os maiores espiões de todos,
grampeiam telefones e celulares, invadem e-mails e vigiam a navegação da Internet
de seus alvos, sem o menor respeito pela privacidade de quem for, se disfarçam e inventam histórias para terem informações que
forneçam bases para escandalos como os da corrupção nas privatizações, da
exportação de carne brasileira, das queimadas na amazonia e outros tantos que vieram a
prejudicar o progresso e desenvolvimento brasileiro. Esses jornalistas agem
como agentes de espionagem, usam táticas de espionagem e estratégias de
inteligência. Em tempo, são esses mesmos jornalistas que hoje estão dando de indignados, e, na prática, eles agem na mesma maneira que estão a criticar a agência norte-americana de informação ou qualquer uma das agências de
inteligência governamental de outro país do mundo com poder
aquisitivo para bancar um serviço de informações que venha a defender seus interesses atuais,
principalmente os econômicos e comerciais, que podem ser nos dias atuais também considerados de segurança nacional, tendo em vista os fatos que levaram à crise econômica mundial de 2008.
Portanto, o atual atuação da presidente Dilma
Roussef dando um show de
indignação por conta de uma ingenuidade ultrajada do Brasil é simplesmente de
um ridículo tal, que alcança as raias do absurdo com o ato de cancelamento da visita oficial
aos EUA que a presidenta faria em 23 de outubro próximo àquele país. A presidente
acabou de passar o recibo da total da incompetência brasileira na área de
informação e inteligência, a ponto
que as informações de segurança nacional e pública sejam dadas ao conhecimento
do governo através da mídia nacional, sem ao menos a exigência de fatos
comprovatórios, permitindo intevir nas decisões governamentais envolvendo relações internacionais relevantes como as existentes entre os Estados Unidos da América e o Brasil.
É incompreensível dentro do procedimento de uma lúcida relação
internacional entre duas grandes nações como os EUA e o Brasil, que o chefe de
uma dessas nações comprometa as relações de amizade existentes entre elas por conta de um
fato notório de conhecimento geral e que é de procedimento histórico nas relações políticas
internacionais, que é o caso da pratica de espionagem. Em outras ocasiões históricas, em que um dos
países ficou a descoberto em sua estratégia de inteligência, a resposta diplomática usada sempre foi
aquela masi sábia, que não revela a ignorância total do país alvo de
espionagem, mas sim deixa claro a inexistência de ignorância, ao contrário,
estando este bem informado da exposição à espionagem, estrategicamente atuou para ofertar informações irrelevantes e não comprometedoras dos interesses nacionais ou,
apenas, contra-informações para saciar a curiosidade do país bisbilhoteiro. Era
assim no tempo da Guerra Fria, quando os agentes do KGB, CIA, MI-5, Mossad se
degladiavam entre si por importantes informações estratégicas.
Então, paremos todos nós com essa postura de
indignação quanto a uma ingenuidade ultrajada do Brasil com essa questão da
espionagem dos EUA e aliados. Todos nós sabíamos que isso acontecia e deixamos
acontecer de uma maneira ou de outra, principalmente os jornalistas investigativos
da grande mídia brasileira vitíma dos conchavos financeiros com os interesses
estrangeiros. Se a presidente não sabia, sendo ela uma ex-guerrilheira e ex-terrorista,
então ela não devia nem ter se candidatado à presidencia do Brasil e não passa
de uma incompetente. Fazer uma cena para alavancar a sua popularidade em queda junto a opinião pública brasileira jogando pela janela importantes acordos entre os EUA e o Brasil com negócios em torno de US$ 100 bilhões ao ano em comércio
e serviços, que alavancariam a economia brasileira em áreas estratégicas como
educação, ciência, tecnologia e energia, além de abrir campo de negociações
para os setores privados, é de uma estupidez única. Não sejamos tolos,
o Brasil com a atitude de ingenuidade ultrajada da presidenta não saiu
por cima, nem de cabeça erguida, ao contrário só expôs a fragilididade dessa
nossa cultura de "República das Bananas", a sua incompetência na atuação de sua segurança nacional
e segurança pública, além de promover um grandioso prejuízo à Nação nos
setores econômico e de relações internacionais. Presidenta Dilma, se num casamento de interesses ninguém deve
ser tão idiota de fazer escândalo e passar recibo de traído, só os tolos agem assim, quanto mais quando se trata das relações diplomáticas entre duas potências. A corda sempre estoura para o lado mais fraco e o Brasil demonstrou assim que, infelizmente, ainda é o lado
mais fraco por pura incompetência de seus governantes.
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