Translate

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A RELAÇÃO PARADOXAL BR-UK


Sempre que volta à tona a relação Brasil-Reino Unido (UK) a primeira coisa que  vem à minha cabeça é o carregamento de patins para patinar no gelo que chegou ao Rio de Janeiro – em decorrência do acordo comercial estabelecido por Dom João VI com a Inglaterra em paga da “proteção” recebida pela fuga da família real de Portugal para o Brasil (1808). Patins? Gelo no calor tropical do Brasil? É uma comédia! Coisas de ingleses. Eu lembro-me também da absurda dívida brasileira junto ao banco Rothschild de Londres, banqueiros da coroa real britânica, decorrente da independência proclamada por Dom Pedro I, que fez com que o Brasil assumisse a dívida de Portugal com a Inglaterra. Ao final das contas de independência mesmo pouco teve. Porquanto o Brasil deixou de ser colônia de Portugal em 1815, pois com o Tratado de Viena recebeu o status de reino, e com a tal independência, em 1822, o Brasil passou ao status de império em 12/10/1822. Independente, só no papel mesmo, pois em razão da dívida dos portugueses o Brasil tornara-se em verdade um país vassalo da Inglaterra. Foi uma grande jogada da coroa inglesa, isso sim! Mas, a relação Brasil-Reino Unido não foi tudo aquilo que os britânicos esperavam, bem que eles andaram pelas terras brasileiras como donos e senhores do Brasil por algumas décadas durante o período monárquico, mas com o período republicano, iniciado ao final do século XIX, a relação BR-UK foi devidamente enterrada, e os Estados Unidos da América – ex-colônia inglesa e que liderava a onda democrática mundial – assumiram a posição como maior parceiro do Brasil em lugar do Reino Unido, e a situação permaneceu assim por toda primeira metade do século XX.

Entrementes, na década de 1950 a relação BR-UK foi ressucitada por conta do sonho megalomaníaco do jornalista e barão da imprensa paulistana Assis Chateaubriand (1829-1968), que acalentava desde a meninice conhecer o monarca britânico frente à frente. Chateaubriand encontrou a oportunidade de realizar seu sonho por ocasião da cerimônia de coroação da rainha Elizabeth II em Londres, a qual se daria em 2 de junho de 1953. Chateaubriand era em 1952 senador da República e fora indicado pelo governo de Getúlio Vargas como membro da diminuta delegação que representaria o Brasil no evento – para se ter uma idéia a delegação do Brasil não passava de pouco mais de uma dezena de pessoas, enquanto a dos EUA teria 200 membros. Pois bem, Chateaubriand desejoso de ser o chefe da delegação para ter o tal encontro com a monarca, deu de presente à presidência da República um Rolls-Royce Silver Wraith conversível último tipo (1952), que faria a alegria do pomposo Getúlio Vargas em 1º de maio de 1953. O carro luxuoso passaria para história como um presente da rainha Elizabeth II ao Brasil, pura lenda!

Assim, Assis Chateaubriand conseguiu ser indicado como chefe da delegação por Getúlio, e no cargo ele foi responsável pelo régio colar de águas-marinhas, que ele mesmo encomendou na ourivesaria inglesa da Casa Mappin & Webb, no centro de São Paulo, cujo custo no valor da época doi de 62 mil dólares ele rateou entre o governador de Minas Gerais Juscelino Kubitshek ­ – futuro presidente do Brasil a partir de 1956 –, o deputado Euveldo Lodi, o Ministro da Fazenda Horácio Lafer (1951-1953), seu primo-irmão o industrial de celulose (papel) Wolff Klabin, o industrial mineiro Antonio Ferreira Guimarães, o cafeicultor paulista Fúlvio Morganti e o presidente da St. John Del Rey Mining Co. (do Moinho Inglês) George Wigle.

Foi assim que o magnífico presente real dado à Rainha Elizabeth II por sua coroação tornou-se tão lendário quanto o Rolls-Royce como um presente do Brasil à coroa britânica, sombolizando os estreitos laços que uniam os dois países, tudo por obra da maquiavelisse de Chateaubriand, que em troca viria a receber em 16 de novembro de 1957, do presidente Juscelino Kubitschek, o cargo de embaixador do Brasil na corte de St. James, realizando não só o seu sonho de menino mas se fartando de ver a monarca britânica. Todavia, quis o destino em sua ironia que o arguto jornalista falecesse em 4 de abril de 1968 e não tivesse o soberbo prazer de receber a rainha Elizabeth II por ocasião de sua visita ao Brasil em novembro daquele ano, ocasião em que inaugurou o Museu de Arte de São Paulo, o MASP, que tanto fizera Chateubriand para erguer.

Após a visita da rainha às terras tupiniquins em 1968, um hiato de quase dez anos marcou a relação BR-UK, até que em razão da política brasileira de afastamento dos EUA abriu-se a oportunidade do Reino Unido cortejar o Brasil, e o presidente militar general Ernesto Geisel assim foi convidado em 1977 a ser hóspede da rainha durante sua visita oficial ao país. No ano seguinte, o príncipe de Gales, o herdeiro da coroa  britânica, veio ao Brasil e recebeu das mãos do próprio Geisel a comanda máxima da República, a Ordem do Cruzeiro do Sul. Mesmo assim a relação BR-UK continuaria a ser um paradoxo, pois com tantos laços de interesses comuns para o estabelecimento de uma união profícua para ambos os lados, a falta de perspicácia e bom-senso pareceram sempre se encarregar de manter os dois países distantes e resistentes a estabelecerem um laço de intimidade mais comprometido com a amizade que diziam ter um com o outro. Assim, apesar de todo os rapapés de ambos os lados a relação não evoluiu, e com a chegada dos ventos da abertura democrática em 1981, mais uma vez a impressão que se tem é que novamente os britânicos ficaram do lado errado e contra os interesses do povo brasileiro.

Mal o novo presidente brasileiro eleito por via democrática chegou ao poder logo em seguida os britânicos enviaram o principe e a príncesa de Gales em visita oficial ao Brasil, em abril de 1991. Mas, a viagem que deveria promover o estreitamento de laços, conquistar a confiança brasileira acabou por gerar forte desconfiaça tanto em razão das demosntrações públicas dos problemas matrimoniais do casal real como pelo propósito britânico de intrometer-se em decisões de soberania nacional brasileira nas delicadas questões da Floresta Amazônica e das reservas indígenas yanomamis fronteriças com a Guiana (ex-colônia inglesa).

Em razão da forte pressão internacional articulada pelos britânicos, o então presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso acabou por acordar e favorecer tais interesses britânicos questionáveis em relação ao Brasil e em consequência um jejum de 20 anos foi rompido e Fernando Henrique foi convidado em  maio de 1997 a ser hóspede da rainha no Palácio de Buckingham em dezembro daquele ano. Em julho de 2001, o primeiro-ministro trabalhista britânico, Tony Blair, faria a sua primeira visita oficial ao Brasil, a primeira de um premier britânico em décadas. Mas, aí veio o ataque terrorísta em Nova York em 11 de setembro de 2001, e mais uma vez a relação BR-UK ficou só nas preliminares. Em março de 2006, em mais uma tentativa de aproximação a rainha Elizabeth II recebeu o presidente brasileiro do Partido dos Trabalhadores como hóspede em seu palácio, mas mais uma vez se ficaria muito distante de um acordo caloroso entre os dois países, dessa feita por conta do orgulho britânico, que impediu que um pedido formal e oficial de desculpas fosse dado ao Brasil, por conta do impiedoso assassinato do jovem imigrante brasileiro Jean Charles de Menezes no metro de Londres, em julho de 2005,o qual fora confundido por sua aparência latina com um terrorista islâmico. Mais do que nunca o povo brasileiro sentiu-se ofendido profundamente com os arrogantes modos britânicos, por terem dois pesos e duas medidas, uma ética própria para eles e outra muito diferente para os outros.

Os anos se passaram e a busca de entendimento parecia cada vez mais inútil, o protecionismo britânico afrontava o empresariado brasileiro que passou a torcer o nariz para os britânicos e foram procurar parcerias mais frutíferas em outras plagas. Enquanto isso o povo brasileiro se indignava cada vez mais com os relatos de maus tratos e discriminações sofridas pelos imigrantes brasileiros em terras britânicas. De forma que nesse tempo a idéia de qualquer aproximação entre o Brasil e o Reino Unido  se fazia cada vez mais longe da realidade.

Por pura obra do destino a partir de 2008 o mundo mudou, o Brasil mudou completamente e nada mais era como antes. O Brasil entrou num processo de amadurecimento democrático, progrediu e cresceu economicamente e o Reino Unido começou a definhar, sendo obrigado a engolir o próprio orgulho, ao constatar que as suas leis e regras, sempre tão ditadas aos outros, já não faziam ninguém mais abaixar a cabeça como antes.

Então, frente a essa nova situação o Reino Unido voltou a cortejar o Brasil, querendo restabelecer os laços de uma alegada amizade perdida, a fim de que o novo Brasil viesse a  ajudar o seu  reerguer. Assim, há pouco tempo, o empenho britânico chegou a tanto que se deu ao trabalho de fazer até um manual para ajudar os britânicos a conquistar a confiança do empresaiado brasileiro – resta ver se será de muita utilidade para quem se fez notório por tantas tentativas de entendimento, dando esperanças e  as frustrando.

OS BRITÂNICOS CHEGARAM...DE NOVO ?!?!
Ontem, 27 de setembro, o primeiro-ministro conservador britânico iniciou sua visita oficial ao Brasil.  Em São Paulo ele caminhou com sua comitiva de empresários pela Av. Paulista sob o frio gelado de um céu plúmbeo tipicamente londrino, que absolutamente não foi trazido pelo ilustre convidado, como o próprio aventou, mas era um sinal do destino para recordar-lhe que o clima caloroso e ameno brasileiro é reservado apenas para os poucos e bons, principalmente aqui na terra dos intrépidos paulistas, e que de tanto tomar na cabeça com os britânicos há muito já aprenderam a ter a mesma frieza da famosa “fleuma britânica”, colocando os próprios interesses em primeiro lugar e só depois os dos outros, não mais sendo crédulos com declarações de boas intenções, mas, agora, mais afeitos a ações concretas de respeito e consideração.

Pois é, senhor primeiro-ministro, como o senhor disse em tom de brincadeira em seu breve discurso ontem na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) que “No ano passado, o Brasil ultrapassou a Grã-Bretanha e se tornou a sexta maior economia do mundo. E nós britânicos temos um ditado: se não pode vencê-los, junte-se a eles” – como se todos tivéssem esquecido o seu tom ameaçador, arrogante e agressivo de sua entrevista dada ao jornal paulistano “Folha de São Paulo” (publicada ontem), reclamando do protacionismo brasileiro – , resta saber se nós brasileiros temos agora algum interesse que os britânicos se juntem a nós.

O problema, senhor primeiro-ministro, é que nós brasileiros não alavancamos a nossa economia dando favores de graça a qualquer um que nos acenasse com propostas ilusórias e sem o devido pagamento. Nós não fomentamos guerras e não fizemos guerra comercial contra ninguém para chegarmos onde estamos. O povo brasileiro trabalhou duro anos a fio; os trabalhadores não mediram esforços e  o empresariado teve consciência que o sacrifício valeria a pena. Nós pagamos aquela dívida exorbitante que vocês criaram para escravizar o Brasil – lembra-se dela? – , a qual carregamos como um fardo pesadíssimo por tanto tempo, e, agora, nós temos dinheirinho no nosso cofrinho! Nós não fizemos como vocês, britânicos, que jogaram na roleta russa do cassino mundial querendo ganhar dinheiro fácil, caído do céu. Não, não senhor! Nós suamos a camisa até encharcá-la por cado centavo, a nossa riqueza do presente que esta sendo invejada – e todos andam querendo ter parte nela – foi fruto do sacrifício de gerações de  brasileiros, então, não nos venha agora dizer que não devemos proteger as nossas conquistas! Medidas protecionistas sempre devem ser tomadas, principalmente para enfrentar a ganância do protecionismo das chamadas grandes potências – que já não são mais tão grandes assim, não é? –, sempre mais preocupadas com o próprio bem-estar do que em investir verdadeiramente num futuro comercila global mais harmônico e benéfico para todos.

Diga-me, senhor primeiro-ministro, vocês no passado não confiaram em nós, tiraram o que podiam e o que não podiam de nossas riquezas, sempre cheios de segundas intenções com o Brasil, se metendo nos nossos assuntos sem serem chamados e nem por isso investiram ou acreditaram no potencial do nosso futuro,  prontos a nos jogarem para baixo e com pouca vontade de nos ajudar a levantar,  por qual motivo nós brasileiros agora deveríamos confiar nos britânicos? Seria preciso um bom motivo, muito maior do que os que estão sendo apresentados pelo senhor, esteja certo disso.

Se os britânicos querem mesmo resolver essa relação paradoxal BR-UK vão ter que ceder pela primeira vez na história, e aceitar que agora quem coloca as regras do jogo em cima da mesa de negociação é o Brasil e não mais eles, que vão ter que fazer como o Brasil quer e não como eles querem. Afinal, foram eles que no passado desprezaram a amizade com o Brasil, e não ao contrário, portanto, é mais do que justo que agora façam por merecer a atenção e consideração brasileira.  Em último caso, se eles nada conseguirem, eu os aconselharia a buscar no além os conselhos de Assis Chateubriand, pois sem dúvida ele saberia como resolver o nó górdio que  eles mesmos deram nessa relação BR-UK, oferecendo uma solução fácil e eficáz, já que pelo visto os próprios britânicos não possuem decisão nem habilidade para isso, gostando de complicar o que é fácil.


SAIBA MAIS:

Curiosidades:



Cronograma histórico das idas e vindas da relação UK-BR
2/06/1952 - Coroação da Rainha Elizabeth II
1/11/1968 - Visita oficial da Rainha Elizabeth II e do Dique de Edimbugo a convite do Brasil
3/05/1977 - Visita oficial do presidente brasileiro Ernesto Geisel a convite do Reino Unido.
8/03/1978 - Visita oficial do Principe de Gales a convite do Brasil, em retribuição a visita do presidente Geisel
22/04/1991 - Visita oficial dos Príncipes de Gales ao Brasil a pedido do Reino Unido
2/12/1997 - Visita oficial do presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso a convite do Reino Unido
29/07/2001 - Visita oficial do primeiro ministro britânico Tony Blair a convite do Brasil, em retribuição a visita do presidente Fernando Henrique Cardoso
04/03/2002 - Visita oficial do Principe de Gales ao Brasil a pedido do Reino Unido
06/03/2006 - Visita oficial do presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva a convite do Reino Unido
10/04/2007 - Visita oficial do Duque de York ao Brasil a pedido do Reino Unido
11/03/2009 - Visita oficial do Principe de Gales e da Duquesa de Cornualha em retribuição à visita do Presidente Luís Inácio Lula da Silva
09/03/2012 - Visita do príncipe Harry, filho do príncipe de Gales, em nome da Rainha Elizabeth II ao Brasil, a pedido do Reino Unido.
25/07/2012 - Visita oficial da presidenta brasileira Dilma Rousseff para a abertura das Olimpíadas de Londres
27/09/2012 - Visita oficial do primeiro ministro britânico David Cameron a convite do Brasil,


Chatô, O Rei do Brasil de Feranado Morais

www.epubbud.com/read.php?g=8UQ5ST4E&p=16&two=1 - Em cache
Assis Chateaubriand acabara de pedir ao Senado uma nova licença para se ... pediu à avó que costurasse o colar e os brincos - dez águas-marinhas de 120 quilates e 647 .... Quando Elizabeth II se colocou de costas para o espaldar do trono e ..... dando-a como manchete de Última Hora do dia seguinte: "Chega ao fim a ...

pt.wikipedia.org/wiki/Relações_entre_Brasil_e_Reino_Unido - Em cache
Mapa indicando locação do Brasil e do Reino Unido. ... A rainha Elizabeth II realizou, em 1969, a primeira visita oficial de um membro da monarquia ao Brasil .

www.revistabrasileiros.com.br/2008/12/17/o-mordomo-fiel/ - Em cache
17 dez. 2008... Fernando Henrique Cardoso, em dezembro de 1997, era novamente recebido em ... comitiva, se hospeda em Buckingham Palace, e depois, ao término da visita, ... onde foi hóspede de Lenir e do ex-ministro das Relações Exteriores, o embaixador Luiz Felipe Lampreia, e planejava visitar o ex-ministro ...

Notícias:

28/09/2012

17:34



  1. Ao lado de CameronDilma diz que Brasil faz sua parte para conter ...

    Globo.com - 25 minutos atrás
    A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta sexta-feira (28), no Palácio doPlanalto, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.
    Brasil e Reino Unido firmam acordos econômicos e ampliam ... DCI
    todos os 192 artigos de notícias »

    Tribuna Hoje
  2. Dilma: Brasil faz sua parte ao incentivar emprego e demanda

    Reuters Brasil - 13 minutos atrás
    Dilma reuniu-se com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, no Palácio doPlanalto, quando reforçou a "importância de ampliar os ...


16:24

David Cameron encontra Dilma no final de sua visita ao Brasil

Terra Brasil - ‎há 15 minutos‎
A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta sexta-feira em Brasília o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron. Com este encontro, ele encerra uma visita de dois dias ao País - ele passou também por São Paulo e Rio de Janeiro. Cameron foi ...


9h50

Globo.com - 1 hora atrás
Mas na quinta-feira (27), em São Paulo, o primeiro-ministro britânico David Cameron falou de cooperação. Ele teve uma reunião com empresários no São ...


27/09/2012


BBC Brasil - 8 horas atrás
É essa a promessa do primeiro-ministro britânico, David Cameron, que ... de mercado com uma cultura ocidental", disse Pereira à BBC Brasil.
m7KTvBZWv3gJ.jpg
Paraiba.com.br

BBC Brasil - 8 horas atrás
No Brasil, bons tópicos para começar uma conversa incluem futebol, família, filhos e música. Exemplos de tópicos ruins, a serem evitados, são: ...
m7KTvBZWv3gJ.jpg
Paraiba.com.br

Último Segundo - iG - 4 horas atrás
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, desembarcou nesta quinta-feira no ... britânica J. C. Bamford Excavators em Sorocaba, no interior paulista. ... de mercado com uma cultura ocidental", disse Pereira à BBC Brasil.
-ow84SEuTloJ.jpg
Último Segundo - iG


BBC Brasil - 2 horas atrás
Antes de chegar à sede da Fiesp, Cameron fez uma rápida caminhada pela Avenida Paulista e outras ruas próximas acompanhado por cerca ...
Z8D43jlXmoMJ.jpg
Invicto

Terra Brasil - ‎há 1 hora‎
O primeiro-ministro britânico David Cameron disse nesta quinta-feira, em visita à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que o crescimento recente da economia brasileira transformou o país em um parceiro preferencial do Reino Unido.

Sky News - 5 hours ago
David Cameron has arrived in Brazil to bang the drum for British business and capitalise on the success of the summer Olympic games.
AFP - ITN

BBC Brasil - 2 horas atrás
Cameron disse que o fato de os britânicos terem sediado as últimas Olimpíadas e Paraolimpíadas e o Brasil ter responsabilidade pelos ...
rjATxfcbCZwJ.jpg
DCI

6E-PNfoY9HIJ.jpg
AFP

unknown.jpg
AFP - ‎há 50 minutos‎
SAO PAULO — Visiting British Prime Minister David Cameron, in an interview published Thursday, warned emerging power Brazil against protectionism and called for expanded bilateral trade, notably in the energy and bioscience sectors.
"To try to isolate and protect industry from competition can benefit the domestic industry, but this carries long-term costs and prevents the development of a truly competitive and innovative industrial base," according to excerpts in Portuguese of the interview with the daily Folha de Sao Paulo.
Cameron, who arrived here Thursday after attending the UN General Assembly in New York, said he would deliver his anti-protectionism message when he meets with Brazilian President Dilma Rousseff in Brasilia Friday.
Brazil has adopted stimulus measures to prop up its struggling domestic industry which has been reeling from declining competitiveness in the face of surging imports, notably from Asia, and the appreciating national currency...

NOTAS AVULSAS:

...Segundo o Itamaraty, entre 2007 e 2011, o intercâmbio comercial entre Brasil e Reino Unido cresceu 63,2%, atingindo US$ 8,6 bilhões. Nos oito meses de 2012 até agosto, as exportações brasileiras para o Reino Unido totalizaram US$ 2,9 bilhões e as exportações britânicas para o Brasil alcançaram US$ 2,3 bilhões. Em 2011, o estoque de investimentos britânicos no Brasil cresceu em US$ 2,7 bilhões, o que faz do Reino Unido o 6º maior investidor no País...

...O primeiro compromisso de Cameron no Brasil foi uma visita à fábrica britânica de equipamentos pesados JCB, em Sorocaba. Depois, decidiu fazer a pé o percurso entre seu hotel na Alameda Santos e a Fiesp, na avenida Paulista.

Simpático, brincou dizendo ter trazido de Londres o clima cinza e frio da capital paulista nesta quinta. Incentivou os empresários de seu país a "investir no clima brasileiro" e levar algo para casa.

PROTECIONISMO

 Recentes medidas do governo brasileiro que impuseram restrições à importação de veículos britânicos, o principal produto da pauta de exportações do país ao Brasil.


"Tentar isolar e proteger a indústria da concorrência pode trazer benefícios a indústria doméstica, mas tem custos longo prazo", disse Cameron na entrevista.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse ter tocado no tema durante o encontro privado que tiveram. "Fui eu quem tocou no assunto. Disse que não defendemos nenhum tipo de protecionismo, mas que brigamos pela competitividade da nossa indústria", disse Skaf, citando a ação do governo para baixar os custos de energia.

Na entidade, Cameron e os empresários britânicos tiveram reunião com 56 empresários brasileiros. Em 2011, o Reino Unido foi o sexto maior investidor externo no Brasil, com estoque de investimentos de US$ 2,6 bilhões, segundo informações do 
Em seu breve discurso, o primeiro-ministro defendeu o Reino Unido como país de economia aberta, com bom ambiente de negócios e porta de entrada para o mercado europeu.

Ele não repetiu a crítica feita em entrevista à Folha respeito das privatizações...


Nenhum comentário:

Postar um comentário