Translate

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O ESTILO DE VIDA OFFSHORE


O ESTILO DE VIDA “OFFSHORE” (OFFSHORE WAY OF LIFE)

Bia Botana com Daniel Mesquita de Araújo


O estilo de vida “offshore” ou o estilo de vida numa plataforma de petróleo não é uma coisa para qualquer um, seja ele um grande empresário como o Sr. Eike Batista ou apenas um peão, é preciso se ter mesmo uma “casca grossa” para encarar os desafios e a troculência desse ramo de negócios. O próprio Sr. Eike Batista tornou-se recentemente o melhor exemplo do que acontece com quem entra nesse negócio com ingenuidade. O contexto é tão sério que advogados, procuradores e juízes recebem curso aqui no Brasil para entenderem melhor do negócio, para assim poderem defender as causas de seus clientes ou julgarem essas com a eficiência necessária.

Recentemente, com o cenário brasileiro do “pré-sal” a costa brasileira – com suas 200 milhas a se estender pela fronteira molhada de 9.200 km do Oiapoque ao Chuí – tomou contornos subitamente de pote de ouro dando início a uma espécie de corrida do ouro norte-americana, que no século XIX movimentava as caravanas desbravadoras a enfrentarem todos os perigos na sua rota do leste para o oeste, ou, ainda, nos remete ao tempo em que David Rockfeller tornou-se o lendário magnata norte-americano do petróleo, no início do século XX, quando, então o negócio “offshore” começou a tomar toda a costa texana no Golfo do México. Assim não é de estranhar que tanto empresários como trabalhadores ambiciosos brasileiros partilhem do mesmo sonho dourado de um estilo de vida “offshore”, seja em razão de grandes negócios bilionários, seja em busca daquele emprego que garantirá um futuro financeiro tranquilo. Parece que em ambos os casos as plataformas de petróleo brasileiras tornaram-se um objetivo a ser alcançado por muitos brasileiros do norte ao sul do país. Só que é preciso deixar de sonhar com a terra de Oz e acordar para uma realidade em que a água é muito mais dura do que a terra e na qual o Brasil com sua burocracia gigante de funcionalismo público passa a ser um entrave para a realização do sonho e o domínio estatal faz o Brasil correr o risco de sair da era do petróleo antes mesmo de ter entrado nela, ou pior, do petróleo acabar!!!

O Brasil precisa adotar um verdadeiro estilo de vida “offshore” com empresários lúcidos e nada ingênuos prontos para negociar bravamente e firmemente num campo que apenas estão começando a engatinhar sem conhecimento e experiência, tendo que enfrentar os oponentes estrangeiros, que são os verdadeiros senhores e donos do negócio há bem mais de um século. E, é preciso se convir que esses intrépidos empresários brasileiros não podem ser derrubados por ações políticas governamentais sem precedentes vindas do próprio Brasil – ao melhor estilo dormindo com o inimigo! Afinal, quando o Estado passa a ser o maior inimigo da iniciativa privada do capitalismo empresarial é impossível alcançar-se qualquer progresso desejado, mais fácil é perder-se tudo o que se tem para o Estado, como tem ocorrido com tantos empresários brasileiros visionários há muitas décadas nesse país engessado pela burocracia. O que ocorre principalmente quando um empreendimento precisa da parceria estrangeira em termos tecnológico e financeiro e precisa contar com do apoio logistico do Estado brasileiro, do qual sem ele o empreendimento simplesmente não tem condições de ser realizado. Se o Estado brasileiro precisa simplificar-se para diminuir o mal afamado “custo Brasil”, do mesmo modo os profissionais brasileiros precisam ser exatamente “simples profissionais”  preocupados mais em fazer seu trabalho com qualidade 3E ­– com  eficiência, eficácia e  efetivação ­–, do que lançarem mão do “jeitinho” malandro brasileiro, que prima pela valorização da ignorância e com ela da incompetência! Um vício cultural que vigora, lamentavelmente, há séculos para o atraso estúpido do progresso e desenvolvimento do Brasil.

Em uma década é bem possível que a costa brasileira torne-se um gigantesco arquipélogo de plataformas petrolíferas tal como existe no Golfo do México ou no Mar do Norte, abrindo um campo de trabalho vigoroso e variado, para não dizer gigantesco. Todavia, esse é um campo de trabalho que envolve um certo grau de periculosidade, e exige atenção e disponibilidade total no tempo de permanências numa plataforma. Em razão desse viés desfavorável, que dá ao trabalho “offshore” um aspecto insalúbre, justifica-se a folga em geral de 14 dias a cada duas semanas (normalmente para quem trabalha em escala fixa, numa mesma plataforma), ou 21 dias de folga a cada duas semanas para os funcionários Petrobrás e em alguns casos 28 por 28 para estrangeiros “expatriados”. Devido aos adicionais de embarque e periculosidade, em praticamente todos os casos ganha-se o dobro do que se ganharia em terra. Há também os casos de prestadores de serviços que não têm escala fixa, podendo ficar 3, 14, 18 e até mesmo 40 dias, considerando a necessidade da operação. Lembrando que as operações possuem um alto valor diário, dependendo da plataforma chega a R$ 1 milhão, e a Petrobrás pode repassar este valor ao operador em forma de multa diária caso haja atraso.

Deve-se considerar também que as condições de trabalho num ambiente de confinamento onde um grande número de funcionários –variável em torno de 100 a 160 pessoas em média–, que terá que conviver num sistema hierárquico bem estabelecido. A convivência de 24 horas por espaço de tempo prolongado num mesmo ambiente de trabalho se dará entre pessoas com grandes diferenças culturais, que dividirão um espaço físico bem limitado, sem direito a privilégios diferenciais, numa situação semelhante a um colégio interno ou a um mosteiro, ou mesmo ao embarque num porta-aviões.  Os quartos poderão ter um beliche ou dois, com TV, por vezes com um sofá, com ou sem banheiro privativo, mas a ducha é sempre ótima com água abundante. Boa parte dos quartos não possue vigias (escotilhas), mesmo caso existam jamais são abertas por causa do ar condicionado central – para quem não sofre de claustrofobia não há problema –, e após 12 horas de trabalho pesado, é possível dormir-se como uma pedra no gostoso balanço do mar. Em matéria de entretenimento nas horas de folgas as boas plataformas oferecem: fitness com musculação, ping-pong, video-game, sauna, filmes, Internet e TV, mas cerveja só sem alcool. As refeições são balanceadas por um nutricionista e são feitas em refeitórios ao melhor estilo de um serviço militar, bandejão, self-service e com churrasco garantido uma vez por  semana. Contudo, ver o nascer ou o por de sol de uma plataforma de petróleo é uma experiência espetacular, com um show quase sempre garantido por baleias, arraias jamantas, golfinhos e cardumes de dourados.

Nas plataformas geralmente não há um plano de carreira definido, mas as promoções são rápidas, principalmente no início da carreira devido à falta de mão de obra especializada e ao alto investimento em treinamentos oferecido, e a verdade é que os peões de ontem acabam como os gerentes de hoje. Existem também muitas plataformas estrangeiras no território brasileiro, e conseguir um trabalho nelas não é uma tarefa fácil, todavia elas oferecem um melhor plano de carreira e melhores salários, em todos os casos sempre há a exigência de se fazer um bom trabalho, pois se não se fizer um bom trabalho rapidamente se estará fora do mercado.

 A maior desvantagem do trabalho “offshore” é o seu estilo militar em que todos que trabalham na plataforma precisam ficar disponíveis 24 horas por dia, além de ficarem longe de suas famílias e expostos a um certo grau de periculosidade, por exemplo, durante a decolagem de helicoptero do helíponto da plataforma, por esse motivo todos funcionários passam por treinamento de segurança completo, como CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma e HUET – Escape de Helicoptero Submerso. Certo é que a segurança virá sempre em primeiro lugar, por isso treinamentos de abandono são executados semanalmente. Muitas pessoas querem trabalhar embarcadas nas plataformas, mas quando chegam lá não conseguem encarar o ambiente truculento à bordo, onde não-me-toques e sensibilidades estão sujeitas a sofrerem um “bulling”  de imediato, de modo que não é de espantar que algumas pessoas desistem após alguns dias de vivenciarem ao vivo e a cores o estilão de vida “offchore”. Todavia se você possui a estirpe de um bom “casca grossa”, o espírito de um desbravador do oeste e uma ambição ao melhor estilo de Rockfeller, seja,  homem (90%) ou mulher (10%) está aberta a temporada para encarar a maior aventura de suas vidas e as  vagas para trabalhar ao estilo “offshore” podem ser conferidas em sites como:
 http://www.petrobras.com.br/pt/  ou também se cadastrando no site de grande empresas como Transocean, Noble, Shell, Statoil, Ensco, Schahin, Queiroz Galvão, Odebrechet, Etesco, NOV, Schlumberger, Halliburton, Weatherford, Fugro, Subsea7, Aker Solution, Baker Huges, Expro, Brasdrill, GE, Siemens, etc.

Nos sites mencionados acima você poderá verificar se a sua competência permite você candidatar-se a alguns dos cargos disponíveis nas áreas:

De perfuração (exploração): sondadores (drillers), assistente de sondador (assistant driller), operadores de  guindaste, torristas e plataformistas (assistentes de perfuração) e homens de área. Também biólogos, químicos, capitães de barcaças, operadores de máquinas, mecânicos, soldadores, armadores de ferro, eletricistas, pintores e motoristas.

De manutenção de serviços: Cozinheiro, ajudantes de cozinha, taifeiro (empregados de quartos) e empregados de limpeza, que cuidarão da manutenção da plataforma, técnicos de segurança, enfermeiros e rádio operadores.

Para alguns cargos é necessário ser formado em um curso superior para se candidatar, já para outros são necessários cursos específicos, mas há exceções e isso varia de empresa para empresa, dependendo também da experiência, considerando que é muito comum se ver funcionários com mais de 50 anos, o que é fantástico!

Boa Sorte !!!


A NOTÍCIA POR TRÁS DA NOTÍCIA:

15/02/2016 - 18h29 SHELL FELIZ COM A PERSPECTIVA DA MUDANÇA NA CAXINHA DE 30% COBRADO PELA PETROBRAS...


Cobertura em tempo real

Shell e BG devem quadruplicar produção no Brasil até 2020

EXAME.com - ‎há 2 horas‎
Rio de Janeiro - A empresa resultante da fusão das gigantes petroleiras Shell e BG deverá quadruplicar a produção de óleo e gás no Brasil em quatro anos, transformando o país no principal mercado de exploração e produção da companhia, afirmou nesta ...

15/02/2016 - 9h30 DILMA JOGA A TOALHA!!!!
EXTRA!!! EXTRA!!! DILMA JOGA A TOALHA!!!!
Vocês se lembram daqueles 30% que a Petrobras detem em qualquer negociação ou exploração do vil ouro negro no Brasil e seus derivados? Pois é, sempre foi um absurdo que quer que fosse investir no setor energético petrolífero e derivados de petróleo tivesse que pagar 30% para a Petrobrás por não fazer nada, uma espécie de ágio burocrático institucional. Ora, quando foi por ocasião do Pré-Sal, ainda no governo Lula, os petistas achavam que iam fazer a América com a cobrança do tal ágio dos idiotas dos gringos... Não aconteceu. O boicote das empresas estrangeiras foi total, apenas os chineses caíram na esparrela. O que aconteceu depois? Ora, o Eike Batista foi para o brejo e luchou com ele o tapetão da Petrobrás, que virou o Petrolão, o maior escândalo já visto de corrupção no mundo!!!! A Petrobrás virou de portentosa noiva que todo mundo queria para a empresa mais desprezada do mundo levando o Brasil com ela. Agora, que "a merda" (desculpe não tem melhor palavra para expressar a situação) está geral, finalmente e tardiamente a Dilma jogou a toalha e por fim resolveu negociar os tais 30 %. Ela nunca ouviu falar que ARROGÂNCIA MATA? 

De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico , a presidente Dilma Rousseff aceitou debater as regras de exploração da ca
ECONOMIA.TERRA.COM.BR



http://economia.terra.com.br/dilma-aceita-alterar-regras-do-pre-sal-diz-valor,444aa22df782d264075c79b2c46606a6w6eant0e.html

19/09/2013 - Fracasso do leilão do pré-sal... esperava-se mais de 40 empresas só apareceram 11!!!


Cobertura em tempo real

Leilão do pré-sal fica limitado a 11 empresas, diz ANP

Reuters Brasil - ‎há 6 minutos‎
RIO DE JANEIRO, 19 Set (Reuters) - Onze empresas petroleiras pagaram a taxa para participar do leilão de Libra, maior reserva já descoberta no pré-sal brasileiro, frustrando expectativas da agência governamental que organiza a disputa. Três gigantes do ...




16/09/2013 - Eike enfrenta a mídia...

Não deixe de ler: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/eike-elege-culpados-por-sua-derrocada-executivos-investidores-e-falta-de-sorte




Cobertura em tempo real

Eike culpa ex-empregados e até mapa astral por derrocada

Jornal do Brasil - ‎há 1 hora‎
O empresário Eike Batista disse em entrevista neste final de semana ao The Wall Street Journal que foi enganado por seus ex-executivos, o qual costumava a chamar de "Dream Team" (time dos sonhos), que seu mapa astral não o favorecia durante o ...

InfoMoney - 26/08/2013
SÃO PAULO - A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado receberá o presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, para audiência pública na próxima terça-feira (27). O motivo: esclarecer ... 

27/07/2013 Últimas notícias:








A lição que a OGX deixa para os 'sardinhas' da bolsa

InfoMoney - ‎há 43 minutos‎
SÃO PAULO – A OGX (OGXP3), companhia do setor de Petróleo e Gás do Grupo EBX, pertencente ao empresário ex-bilionário, Eike Batista, já fez muitos investidores perderem dinheiro. A empresa entrou na bolsa de valores como pré-operacional, com ...

OGX desiste de 9 blocos arrematados em leilão da ANP

InfoMoney - ‎há 43 minutos‎
SÃO PAULO - A OGX Petróleo (OGXP3) comunicou ao mercado que, tendo em vista o novo plano de negócios da companhia, resultante da decisão de suspender o desenvolvimento dos campos Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia, decidiu ...


AGENDA


Petrobras, Statoil, Odebrecht, Halliburton and other anchor companies are at the Business Round-table Accelerate Oil & Gas meeting 

Bolsa do Rio Convention Center 26 - 27 September

The Business Round-table Buyer-Seller meetings will bring 16 anchor companies in the oil & gas sector which will be taking place on 26-27 September at the Bolsa do Rio Convention Centre of Rio de Janeiro. Buyer companies are:
BW Offshore, Camargo Correa, Dess, ENGEVIX, Halliburton, Maersk, Mendes Junior, National Oilwell Varco, Odebrecht, Petrobras, Sevan Drilling, Statoil, Technip, Transpetro, Wartsila & Weatherford.
These anchor companies are looking for new suppliers and the Business Round-table Buyer -Seller meetings with anchors have already confirmed participation of 80 suppliers who will be offering their products & services based on buyers' requirement. New suppliers can still apply as a bidder to participate in the meetings.
TO APPLY, click on the link below:
Purchasing category is quite wide with over 250 items and some of the categories described below:
  • MRO services & solutions - for marine transportation, drilling, etc.,        
  • Transport & logistics supplies/services
  • Training & Consultancy services        
  • IT & Electronics equipment/services    
  • Food handling & catering services        
  • Port equipment & services        
  • Medical services    
  • QHSE/HSE
Companies interested in participating as a supplier or service provider must access the event website.








2 comentários:

  1. Respostas
    1. Pode parecer tardio Daniel Ram, mas agradeço o seu Parabéns!!!
      Desculpe... Mas creio que sempre é tempo de agradecer. Não foi culpa minha, não recebi o aviso do Blogger. Mas vi hoje!!!! E fiquei feliz!!! :)

      Excluir