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domingo, 27 de março de 2016

JESUS, AMOR & FÉ - POSFÁCIO - O IMPACTO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

JESUS, AMOR & FÉ *

POSFÁCIO - O IMPACTO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

A ressurreição de Jesus foi como se um meteoro invisível de gigantesca proporções tivesse caído sobre o Templo de Herodes, o segundo templo dos judeus em Jerusalém que fora erguido após o retorno da Babilônia e posteriormente restaurado por Herodes, o Grande. Pois, foi a partir desse acontecimento da ressurreição envolvido em mistério e questionamentos quanto a sua veracidade que a discórdia se instalou de maneira definitiva entre os judeus, de um lado se colocaria a tradição da doutrina sectarista com base no Torá de Moisés e de outro a doutrina de caráter universal pregada por Jesus, abrangente e destinada a toda a Humanidade e não só a um povo escolhido especificamente, mas a um Povo de Deus constituído de seguidores dos mandamentos e da doutrina de seu Messias, Jesus, o Salvador.
É com a ressurreição de Jesus que a nova seita judaica nasceu, sendo ela mais uma nova vertente do judaísmo, tal como o eram os saduceus, os fariseus, os essênios e os zelotes. Esses judeus seguidores de Jesus, a princípio foram chamados de MESSIÂNICOS, pois eram os seguidores do Messias, o qual reconheciam ter vindo na pessoa de Jesus e cumprido inteiramente o que estava escrito nas Escrituras sobre a sua vinda e manifestação entre os judeus. Os seguidores de Jesus eram judeus e seguiam a tradição religiosa dos judeus, seguiam a doutrina dada por um Rabi e Profeta judeu, e não de um gentil.
A princípio, nos primeiros anos em que os discípulos passaram a dar andamento a pregação da Boa Nova, tudo se dava em torno do Templo de Jerusalém, e toda a história do nascimento do que viria a ser a maior religião da História da Humanidade no mundo até o dia de hoje se dava nesse arcabouço de discórdias religiosas e disputas políticas, envolvendo os próprios judeus entre si e deles com os dominadores romanos. Jerusalém se tornara um barril de pólvora pronto a explodir a qualquer momento, porém do início da propagação da Boa Nova Messiânica pelos discípulos até que a seita adquirisse um caráter público a partir de 30 d.C., quarenta anos se passariam até que o Templo de Herodes fosse destruído pelo general Tito, filho do imperador romano Vespasiano, em 70 .d.C., e até os dias de hoje nenhum outro templo judeu foi construído em Jerusalém. A destruição do templo marca assim o momento a partir do qual os judeus começaram a ser espalhados por todo o Império Romano.
Mesmo antes da destruição do Templo, o clima de discórdia e perseguições reinante em Jerusalém por conta da ressurreição de Jesus, e o cumprimento da ordem de Jesus após a sua ressurreição de que a Boa Nova fosse levada a todas as Nações, levou seus seguidores a se separarem e seguissem caminhos diferentes. Assim, muitos deles foram corajosos o bastante para terem fé em seus corações e saírem da Palestina e se aventurarem em terras desconhecidas, indo para a Grécia, o norte da África e até para a Índia. Ora, segundo algumas narrativas, em razão dessas hostilidades dos judeus fariseus contra os judeus messiânicos, Maria, mãe de Jesus, Maria de Magdala, com seus irmãos Lázaro e Marta, sua serva Sara Kali, foram coagidos a fugir de barco, pois esperavam que morressem de naufrágio, mas milagrosamente a barca chegou ao sul da Europa, na região da Provence ocupada pelas tribos bárbaras dos francos, num local que tomou o nome por causa dessa tradições de "Saintes-Maries", próxima a Marseille, onde tempos depois Lázaro se tornaria bispo e segundo consta teria sido decapitado por ordem do imperador romano Domiciano.
Por sua vez José de Arimatéia foi preso por seguir a doutrina de Jesus logo depois que o corpo dele foi dado como desaparecido. Ele foi abandonado por seus amigos e familiares e teve seus bens divididos entre sua família e o Sinédrio, formado pelos sacerdotes do Templo. Caifás queria que ele tivesse ficado preso até morrer, mas após treze anos de encarceramento, o sucessor de Pôncio Pilatos, ao tomar conhecimento do seu histórico e sua fama de grande comerciante, tendo em vista o uso de sua inteligência para os negócios lucrativos, revisou o seu processo junto ao Sinédrio e o libertou, fazendo de José de Arimatéia seu sócio e patrocinou seu retorno aos negócios de exportação. José, então, fez uma nova fortuna e prosperou,mas desta feita usou seus ganhos de forma diferente e passou a patrocinar as atividades dos judeus messiânicos e aproveitava suas viagens para também trabalhar como missionário e espalhar a Boa Nova por onde passava. Acredita-se que em suas viagens tenha estado com Maria, mãe de Jesus e Maria de Magdala, e as tenha ajudado financeiramente, apesar de Maria de Magdala e seus irmãos terem se desfeito de todos os bens que possuíam na Palestina para patrocinar o início da nova seita religiosa e pouco lhes tenha restado, era preciso investir o dinheiro em novos negócios para que rendesse e isso teria sido feito com a ajuda de José de Arimatéia, de quem era amiga. Segundo consta, José de Arimatéia teria morrido do coração em razão de sua idade avançada durante uma de suas viagens. Essas e outras histórias foram contadas sobre o início da disseminação da doutrina pregada por Jesus e a sua Boa Nova por seus seguidores, esses relatos foram na maioria escritos após a queda do Templo de Jerusalém, já que a profecia de Jesus que não ficaria pedra sobre pedra daquele edifício acontecera na realidade, o que deu aos seus seguidores o estímulo necessário para que acreditassem ainda mais que Jesus era verdadeiramente o Messias e sendo o Messias teria mesmo ressuscitado e era o Salvador.
Em razão da ressurreição também os seguidores de Jesus se dividiram em dois grupos distintos: um grupo acreditava que Jesus era apenas mais um Rabi ou um Profeta enviado por Deus, como outros homens normais que o antecederam, e outro grupo acreditava que Jesus era o Filho de Deus, Messias prometido por Deus nas Escritos dos Profetas, e era assim o Salvador, pois tinha ressuscitado a si mesmo dos mortos. Essa divisão dentro dos próprios seguidores de Jesus, fez com que adotassem simbolismos diferentes para representar sua devoção: o primeiro grupo adotou a cruz, como símbolo da necessidade de penitência e expiação dos pecados humanos, para recordar a vileza dos homens de sua falta de fé que os levaram a matar um enviado de Deus. Esse era o Jesus da cruz, um rei crucificado. O outro grupo, crente no Messias e na ressurreição da carne pelo Espírito Santo, adotou como símbolo o peixe ou o trigo. Assim os que reverenciavam Jesus martirizado na cruz tinham uma característica mais materialista e mundana, se prendendo aos ensinamentos de Jesus segundo uma concepção racional, como se pode notar nos Evangelhos de Mateus e Marcos, enquanto o segundo grupo que reverenciava o Jesus ressuscitado, o Salvador, se prendia mais às questões espirituais, como é perceptível nos Evangelhos de Lucas e de João. Curiosamente, até os dias de hoje existe essa divisão mesmo invisível entre os cristãos, já que muitos como os antepassados acreditam na ressurreição como um dogma de Fé religiosa, mas não acreditam inteiramente em seus corações.
Certo é que o impacto da ressurreição se assemelhou a uma meteoro lançado sobre Jerusalém no oceano histórico da Humanidade, causando um circulo crescente de ondas. Como escrevi antes uma pedra gigantesca lançado no celeiro das sementes da sabedoria divina que as espalhou por todos os lados, em todas as direções e distâncias. É impossível que alguém não se impressione com tal feito, o qual de tão impossível parece mesmo só ser possível a uma força superior como a de Deus. Para aqueles que como eu são movidos pela curiosidade de saber mais e levados a se debruçarem por quase toda uma vida na avidez de conhecer a História da Humanidade e suas verdades ocultas e de bastidores, é uma maravilha constatar como o grande plano de Deus se desenrolou através do passar do tempo, dos séculos e milênios para que a Sua vontade tivesse e tenha a supremacia sobre todas as coisas e sobre a Humanidade.
Até o século VII, Jerusalém ficaria sobre o domínio romano, e durante o século IV, o imperador romano Constantino, ao ter tornado a doutrina de Jesus a religião oficial do Império Romano, também encarregou-se de embelezar Jerusalém e a reconstruir, principalmente as partes de culto a Jesus, agora ungido como “rei” e com o título definitivo de Cristo (* do grego Chrestos, que significa o Ungido), sendo o Salvador a partir de então conhecido universalmente somo Jesus Cristo. Todavia, Constantino proibiu a entrada dos judeus em Jerusalém, e assim permaneceu vigente essa lei até a tomada de Jerusalém em 635 pelos árabes islâmicos em 638, no séculos VII, o que provocaria a investida dos cavaleiros europeus a serviço do papado, com a formação das cruzadas para a retomada de Jerusalém, objetivo atingido em 1099. Todavia a posse de Jerusalém pelos cristãos europeus não prevaleceria e em 1517 os islâmicos otomanos tomariam a cidade, a qual só seria recuperada pelos cristãos britânicos em 1917, e apenas em 1947 o novo estado judeu seria institucionalizado, mesmo assim a cidade de Jerusalém se tornaria uma cidade tripartite entre judeus, cristãos e islâmicos.
Até hoje, é difícil para os cristãos entenderem que são tão judeus quanto os próprios judeus, e aos judeus aceitarem que os cristãos são tão judeus quanto eles. Verdadeiramente, pois quem entre os povos ocidentais pode dizer que não tem o DNA dos judeus correndo em seu sangue? Certamente se fosse possível fazer uma prova de DNA de judeus e cristãos, descobriria-se que pertencem ao mesmo povo. O que difere um judeu de um cristão é apenas uma crença: os judeus esperam ainda a vinda do Messias já os cristãos acreditam que o Messias já veio, mas ambas continuam a esperar o Messias, o dos judeus que vem pela primeira vez e o dos cristãos que virá pela segunda vez. E nessa confusão de crenças, pode-se dizer que absurdamente existem cristãos que são mais judeus que os próprios judeus e judeus que parecem ser mais gentios que os próprios cristãos.
Em meus estudos eu me tornei uma admiradora de Edward Gibbon (1737-1794) historiador inglês autor do DECLÍNIO E QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO, obra que dedicou a escrever de 1776 a 1788, e que julgo que qualquer pessoa que se arvore a falar de Jesus e do cristianismo, não pode deixar de ler, simplesmente por ser essa uma leitura tão obrigatória quanto os Evangelhos, a fim de que se tenha uma acurada noção do que aconteceu no passado e no poder que Deus deu ao cristianismo, usando para isso o poder do Império Romano, a Nação mais poderosa daqueles tempos que se sofrendo uma verdadeira metamorfose através do cristianismo exerce o seu poder divino até os dias de hoje.
Num domingo, em 15 de outubro de 2000, o jornalista Fernando Pedreira publicou um artigo sobre Edward Gibbon fantástico. dizendo que Gibbon que fora amigo de Voltaire e Rousseau em Lausanne adoraria ter conhecido o tempo de Napoleão. Mas o que me interessou foi a sua introdução a pessoa de Gibbon, que por si só explica bem a obra magnífica querele legou à Humanidade, trecho esse que transcrevo abaixo:
“Em sociedade tudo se sabe. No ano de 1752, o grande Edward Gibbon, então com 16 anos de idade, recém-chegado a Oxford, resolveu converter-se ao catolicismo e se fez batizar numa cerimônia privada em Londres. Naquele tempo, as paixões religiosas estavam ainda no auge na Inglaterra. O catolicismo era o papa, e o papa era o rival da coroa, inimigo do reino e da pátria. Um bom aluno anglicano de Oxford, tornado católico, era assim como um calouro de Harvard, nos tempos do marcartismo, que decidisse inscrever-se numa célula comunista.
A reação do severo pai de Gibbon foi pronta e eficaz. O menino foi retirado da universidade e enviado sem demora para Lausanne, na Suíça, onde ficaria sob a tutela de um pastor calvinismo chamado Pavillard.
Anos mais tarde, o próprio Gibbon diria que sua ‘revolta infantil contra a religião’do seu próprio país, fora, afinal, uma grande bênção. Primeiro porque o livrara de permanecer anos a fio mergulhado em “vinho do Porto e preconceitos’, entre os monges oxfordianos. Segundo, porque o exílio em Lausanne, dos 16 aos 21 anos, acabaria sendo de extraordinária importância para toda a sua vida futura e para a sua monumental obra de historiador e escritor.”
Pois é, Deus realmente não dá ponto sem nó, nem mesmo é um jogador de dados, é um grandioso de jogador de xadrez, pois nada nessa vida acontece por mero acaso. Assim foi que um maravilhado Gibbon em vista da proezas de Deus com a ascensão , queda e ascensão do fabuloso Império Romano, escreveria:
“Um exame franco mas judicioso do avanço do estabelecimento do cristianismo pode ser considerado parte deveras essencial da história do Império Romano. Enquanto esse grande organismo era invadido pela violência sem freios ou minado pela lenta decadência, uma religião pura e humilde se foi brandamente insinuando na mente dos homens, crescendo no silêncio e na obscuridade, da oposição, tirou ela novo vigor, para finalmente erguer a bandeira triunfante da Cruz por sobre as ruínas do Capitólio. Mas, a influência do cristianismo não se confinou ao período ou aos limites do Império Romano. Após terem-se passado treze ou catorze séculos, essa religião é ainda professada pelas nações da Europa, a mais destacada parte da humanidade no que respeita às artes e ao saber, tanto quanto às armas. Pela diligência e o zelo dos europeus ela se difundiu amplamente até os mais distantes rincões da Ásia e da África, e através de colônias européias se estabeleceu firmemente do Canadá ao Chile, num mundo desconhecido dos antigos. (…) Nossa curiosidade é naturalmente impelida a perguntar por que meios obteve a fé cristã vitória tão notável sobre as religiões estabelecidas do mundo. A tal indagação se pode dar uma resposta óbvia mas satisfatória, de que foi graças à convincente evidência da própria doutrina e à divina providência do seu grande Autor. Entretanto, como a verdade e a razão raras vezes têm recepção favorável no mundo, e como a sabedoria da Providência condescende frequentemente em fazer das paixões do coração humano e das circunstâncias gerais da humanidade um instrumento com que executa os seus propósitos , seja-nos ainda permitido perguntar (embora com a devida humildade) , não em verdade quais as primeiras, e semi as segundas causas do rápido desenvolvimento da Igreja cristã… “ (Capitulo XV - Ascensão e Queda do Império Romano)
E em razão dessas segundas causas o autor desenvolveu toda a sua obra, cujo compendio da acurada análise histórica enriquece o saber daqueles que se interessam em saber o “modus operantis” de Deus.
Portanto são com as palavras de Gibbon, um historiador que tanto me inspirou na juventude aos estudos da História, que depois assomou-se com o ardor da fé despertada pelo o próprio Jesus no meu espírito ao dar-se a conhecer em pessoa há 19 anos, que sob a sua luz, e seguindo sua orientação é que encerro com a emoção do dever cumprido aos olhos de Deus esse “EVANGELHO SEGUNDO JESUS - JESUS, AMOR & FÉ”. Um evangelho não só revisado sob a perspectivas do conhecimentos trazidos a partir do século XX, que lançaram um novo entendimento dos ensinamentos de Jesus, mas narrado conforme seu devido desejo manifesto, para que cada um de nós possa se tornar também um “SALVADOR”, um humano revestido pelo Espírito Santo, capaz de não só salvar a si mesmo, como se salvando também salvar aqueles que lhe são próximos e que anseiam também fazer parte dessa magnífica promessa de Deus para nós e toda a sua criação, para que assim a glória de Deus seja completa e Deus possa dar vazão a seu amor em todos corações devotos.
Que se anuncie a todos que queiram saber, ler e ouvir que:
A RESSURREIÇÃO É UMA QUESTÃO DE FÉ, DA CRENÇA NA MUTAÇÃO DAS COISAS E NA TRANSFORMAÇÃO DO VELHO NO NOVO. 
A RESSURREIÇÃO É A VITÓRIA DA LUZ SOBRE AS TREVAS. É A EVOLUÇÃO EM ANDAMENTO, 
A RESSURREIÇÃO É DEUS AGINDO PARA FAZER RELUZIR A PERFEIÇÃO DE SUA GLÓRIA, TORNANDO CADA SER HUMANO EM UM SER PERFEITO: UM JESUS, SALVADOR.
É A ISSO QUE ESTAMOS DESTINADOS, NÃO IMPORTA QUANTO TEMPO VÁ LEVAR, AQUELE QUE TEM FÉ NO SALVADOR SABE QUE A VONTADE DE DEUS SEMPRE PREVALECE SOBRE TODA E QUALQUER VONTADE HUMANA, E, TAMBÉM SOBRE TODAS AS COISAS.
JESUS ESTÁ CONOSCO E É CONOSCO SEMPRE! ESTE É O MISTÉRIO DA FÉ REVELADO A TODOS QUE SÃO DE DEUS.
TENHAMOS FÉ, NÃO TENHAMOS MEDO, POIS DEUS ESTÁ NO CONTROLE.
FELIZES OS QUE NÃO ESPERAM A VINDA OU RETORNO DE NENHUM MESSIAS, POIS ESTES JÁ ESTÃO COM O SALVADOR NO REINO DO CÉU NA TERRA. ALELUIA!!!! JESUS NOSSO SALVADOR VIVE EM NÓS!!!
FELIZES OS QUE RENASCEM NO AMOR DE JESUS A CADA PÁSCOA!!! ESSES SÃO OS VITORIOSOS DE DEUS!!!
  • Da coletânea de crônicas diárias publicadas no meu  perfil do Facebook  de dezembro/2014 a abril/2015 revisado e publicado no Blogger durante o período de setembro/2015 a março/2016. 

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