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domingo, 14 de dezembro de 2025

A TRISTEZA DO NATAL 💔

 A TRISTEZA DO NATAL 💔


BIA BOTANA


A tradição do Natal começou nos primórdios da Igreja Católica, após a institucionalização da religião cristã primitiva de grande influência grega ter sido reconhecida pelo imperador romano Constantino, que em 313 d.C. a legalizou com o Édito de Milão. E em 317 d.C. adotou na sua bandeira o monograma com as duas letras iniciais X e P sobrepostas da palavra grega “ΧΡΙΣΤΟΣ", em latim Christhós, que significa “ungido” em consonância com a a palavra “Messias” de origem hebréia. O símbolo se tornou conhecido como Chi–Rhu (nome das letras X e P em grego), veio a nomear a nova religião romana como “cristianismo” e seus seguidores como “cristãos”. 


Quando os ensinamentos deixados por Jesus deixaram as sombras da clandestinidade e vieram à luz, apareceram várias vertentes da doutrina originária da tradição judaica, o que causava acalorados debates entre seus adeptos, o que levou Constantino a realizar o Primeiro Concílio de Nicéia, em 325 d.C. a fim de justamente conciliar as várias ideias e promover uma unificação da nascente doutrina cristã. 


Foi apenas com o César Teodósio I, que em 380 d.C., com o Édito da Tessalônica que o cristianismo foi feita religião oficial do Império Romano, e estabeleceu uma teocracia como forma do governo imperial romano em seus vastos territórios abrangendo o Ocidente no continente europeu e o Oriente com a costa mediterrânea do norte do continente africano e as terras do Oriente Médio. 


Nascido em família muito abastada, no ano 275 d.C. em Pátara, cidade marítima da Lícia, na Turquia meridional, foi lhe dado o nome de Nicolau. Ficando órfão precocemente herdou uma grande fortuna, tendo sido criado dentro dos ensinamentos de Jesus, Nicolau visitou Jerusalém na juventude, o que fortaleceu a sua fé. A exemplo da passagem evangélica do “Jovem rico”, Nicolau partilhava o de sua fortuna livremente com os necessitados e pobres.


Conta-se a história que Nicolau, “certa vez, ficou sabendo que um homem havia perdido todo o seu dinheiro. Ele tinha três filhas, as quais tinham idade suficiente para o casamento, mas não tinham os dotes para a celebração. Por isso, as filhas do pobre homem seriam vendidas como escravas, pois não poderiam viver na casa por mais tempo. Na noite antes da partida da filha mais velha que seria vendida, ela lavou suas meias e as colocou em frente ao fogo para que secassem. Na manhã seguinte, a jovem viu que havia, dentro de sua meia, uma bolsinha com ouro.” 


Tendo se tornado sacerdote na igreja de Mira, onde, com amor, evangelizou os pagãos, mesmo no clima de perseguição que os cristãos viviam. Com a morte do bispo de Mira, Nicolau foi eleito seu sucessor, conquistando a todos com sua caridade, zelo, espírito de oração e carisma de milagres em favor, sobretudo, dos enfermos, dando especial atenção aos necessitados no tempo invernal, por causa do frio. 


Historiadores relatam que, ao ser preso, por causa da perseguição dos cristãos, Nicolau foi torturado e condenado à morte, mas, felizmente, salvou-se em 325 d.C. pois foi publicado o edito de Milão que concedia a liberdade religiosa.
 Como bispo de Mira, Nicolau participou do Concílio de Nicéia (325 d.C.), onde, postou-se contra a heresia ariana, onde foi defendida a divindade de Jesus, declarado consubstancial ao Pai. Então, ocorreu o inimaginável e o próprio imperador Constantino ajoelhou-se em frente a Nicolau, para beijar as suas cicatrizes, assim como de outros cristãos torturados durante as perseguições aos cristãos. Nicolau veio a falecer no início do mês de dezembro dr 343 d.C.  e naquele ano os pobres dd Mira, lamentaram sua morte e choraram a perda de seu “santinho” protetor. 


Apesar de se saber a data da morte de Jesus, por ter se dado durante a festividade judaica da Páscoa, em 14 Nisan de um ano não preciso, sabendo-se apenas que Jesus teria algo em torno de 33 anos, menos ainda se sabe da data de seu nascimento. Levando em consideração a prova histórica de que Augusto Cesar fez da Judeia província romana em 6 a.C., o que explicaria a necessidade que obrigou José ir à Belém, para o recenseamento na cidade em que nascera, levando Maria grávida prestes a dar a luz no lombo de um burrinho. Porém, não é possível afirma com precisão o tempo da natividade, se seguisse os modos de Deus expressos nos livros sagrados hebraicos, Deus deve ter dado o fruto do seu amor, seu filho unigênito ao mundo no equinócio de outono no Hemisfério Norte, que geralmente ocorre entre 22 e 23 de setembro, e que poderia até ter coincidido com o ano novo judaico, que se dá conforme o ciclo lunar no outono, época dos frutos e da colheita. Um tempo festivo em todas as culturas, pois ter alimentos é garantia de sobrevivência 


Mas, possivelmente, para não ocorrer conflito de calendários de festas, a escolha recaiu em uma data próxima ao solstício de inverno no Hemisfério Norte, que se dá entre 21 e 22 de dezembro, e próxima à celebração da chamada “Festa das Luzes”, que celebra a iluminação do templo de Jerusalém em tempos idos pelos sacerdotes judeus. A origem desta festa remonta ao ano 165 a.C., quando os judeus macabeus, após vencerem os gregos e retomarem o Templo de Jerusalém encontraram apenas um pequeno frasco de óleo puro, suficiente para manter a luz por um dia, mas milagrosamente acabou durando oito dias, tempo necessário para preparar um novo óleo. Esse acontecimento ficou conhecido como o “milagre do óleo”, e desde então o Hanukkah celebra essa luz que não se apagou. A festa, como as outras datas religiosas judaicas, é também determinada pela fase da lua, a Festa das Luzes (Hanukkah) ocorre durante a fase da lua minguante e continua por oito dias até a lua nova. 


A tradição romana religiosa é solar. Antes do advento do cristianismo esse dia correspondia ao dies Solis('dia do Sol'),em honra da divindade do “Sol Invicto”, por este motivo  Constantino atribuiu ao dia do Sol, o dia de  “Domingo”, que vem do latim Dies Dominicus (Dia do Senhor) ou Dominica, sendo o dia sagrado da ressurreição de Cristo, a Páscoa semanal, um dia de descanso, culto e celebração da fé cristã, o "Dominus Dei" que reforça a ideia que este dia pertence a Deus.  


Em respeito a está mesma tradição solar, foram estabelecidos 12 dias de festejos natalinos, iniciado todos os anos na véspera do nascimento de Jesus de 24 para 25 de dezembro seguindo-se por 12 noites até o Dia dos Reis Magos vindos do Oriente, atualmente  6 de janeiro, seguindo a estrela guia que anunciou o nascimento do menino-Deus, a quem queriam louvar e presentear. 


Relembrar história do nascimento de Jesus era uma maneira de dar esperança e manter viva a fé, principalmente no início do inverno. O nascimento de Jesus era o símbolo da luz universal de Deus que viera iluminar não apenas um “templo” mas todo o mundo, com a promessa de salvação da escuridão da ignorância humana. 


Durante os séculos da Idade Média, o Natal era uma celebração religiosa de orações. Só no século XVI com o advento das peças teatrais, escritos diversos e poesias que com o florescimento da produção literário da cultura ocidental, os festejos natalinos passaram a ser pensados de maneira mais festiva e menos triste, pois, é preciso estar consciente de que a história do nascimento de Jesus é uma história muito triste de verdade. 


William Shakespeare (1564-1616) nunca escreveu uma peça sobre o Natal. Mas sua comédia de costumes “Twelfth Night Or What You Will” (Noite de Reis) é o mais próximo que ele chegou dos festejos natalinos. Sabe-se que na era elizabetana celebrava-se os 12 dias de Natal com músicas, festas e momentos alegres de brincadeiras, e contava com comidas tradicionais como um bolo em forma de tronco de árvore, o Tronco de Yule (Yule Log ou Bûche de Noël). “Este bolo é um pão de ló enrolado (Swiss roll), recheado com creme e coberto com glacê de chocolate ou buttercream, decorado para parecer casca de árvore com cogumelos de merengue, azevinho e frutas, simbolizando o renascimento e a esperança.” O bolo é originário de antigas tradições pagãs da celebração do solstício de inverno europeu, onde um grande tronco era queimado para trazer calor e luz. 


Contudo, o tempo de Natal era para a maioria um tempo de penúria em que os necessitados de tudo encontravam na terna tristeza da história do nascimento de Jesus, uma esperança tocante de fé para continuar na luta pela vida, uma luta que em tudo parecia inútil com a morte e a desgraça sempre espreitando. Mas, essa pobre gente acreditava que se Jesus conseguiu se sair vitorioso, eles também iriam conseguir. 


As antigas culturas pagãs do hemisfério Norte costumavam ver nas árvores de pinheiros sempre-verde ( evergreen 🌲) que não perdiam suas folhagens sob o rigor invernal, como símbolo da vida. Depois, já no período cristão essas árvores foram associadas com a árvore do Éden de Adão e Eva, e, especialmente, os povos germânicos criaram o costume de enfeitar os pinheiros com maçãs 🍎. 


No século XVI os alemães cristão luteranos, reformistas protestantes que se opunham à Igreja Católica Apostólica Romana, começaram a levar as árvores cortadas para dentro de casa e as enfeitar com luz de velas, para simbolizar a “luz” de Jesus. Algumas fontes atribuem a Martim Lutero o início desta tradição da árvore de Natal.


Contudo, o mundo viria a ser ainda mais e mais sangrento com as guerras religiosas entre os cristãos e de disputas territoriais e comerciais. O mundo queria a luz da paz de Jesus, mas não sabia como a conservar e por isso vivia na escuridão. E os Natais ano após ano eram de muita tristeza e sofrimento com a pequenina luz de esperança tremulando a dizer: “Aguenta! Você consegue!”


Foi por volta do ano de 1840, que o príncipe consorte de origem alemã casado com a rainha Vitória do Reino Unido, decidiu trazer o costume das “árvores de Natal”, para os castelos reais, e todos logo começaram a imitar a nova tradição real, como era de se esperar. Os ricos ostentavam suas riquezas com suas árvores esmeradas com luxuosa decoração, a classe média também caiu de encantos com as suas arvorezinhas de Natal. enquanto os pobres sonhavam ao poder vê-las nos locais públicos. E a moda de árvores de Natal se espalhou por todo o mundo desbancando os esmerados presépios da tradição da Católica  cristã, a quem se opunham o protestantes anglicanos do Reino Unido e outros protestantes europeus e americanos.


Foi nesta época de disputa de quem teria a mais bela árvore de Natal em Londres, que o escritor inglês Charles Dickens (1812–1870) escreveu em menos de um mês, o que ele próprio chamou de seu “continho de Natal”, com o propósito de pagar suas dívidas pendentes. Publicado em 1843, Christmas Carol (Um Conto de Natal) não só pagou as dívidas do grande escritor crítico da sociedade industrial britânica em ascensão como se tornou um dos maiores clássicos natalinos de todos os tempos. 


Por sua vez os holandeses protestantes também repudiaram a tradição dos presépios católicos com imagens representando a cena do nascimento do pobrezinho Jesus na manjedoura de Belém e se apegaram a história de São Nicolau, a quem chamavam de "Sinterklaas", uma figura que entregava presentes em meias penduradas na lareira e levaram sua tradição para os Estados Unidos, mais precisamente na cidade de Nova York onde os holandeses contribuíram para a fundação da cidade.


Nos Estados Unidos, "Sinterklaas" virou "Santa Claus". E em 1822, um poema escrito pelo norte-americano, Clement Clark Moore. chamado “ A visita de São Nicolau”, fazendo um descrição da aparência do personagem natalino que dava presentes às crianças na véspera de Natal, que seria usada quase um século depois para uma campanha de marketing, como veremos adiante.


Então, novas guerras vieram levando a precária alegria do Natal embora. Após a Primeira Grande Guerra Mundial de 28 de julho de 1914 a 11 de novembro de 1918 a tristeza do Natal era imensa nas famílias, pois todas de uma maneira tinham perdido um dos seus membros no campo de batalha. A Europa fora não só coberta de sangue é destruição nas trincheiras dos campos de batalha, mas foi assolada pela Gripe Espanhola, causando mortes incontáveis e foi a mais mortal epidemia mundial do século XX. 


Nos Estados Unidos, após a guerra fratricida da secessão, que permitiu um grande desenvolvimento industrial no final do século XIX, levando os Estados Unidos a adentrar no século XX como um poderoso player no cenários mundial, inesperadamente teve sua bolha de progresso explodido com a queda da Bolsa de New York em 29 de outubro de 1929 (Quinta-feira Negra) levando investidores arruinados a se atirarem dos altos arranha-céus, numa cena nunca antes imaginada de tanto desespero. Foi um dia de pânico com vendas massivas de ações das empresas e queda acentuada de seus valores, intensificando-se em 29 de outubro (Terça-Feira Negra), com o índice Dow Jones despencando, marcando o início da Grande Depressão. 


Naquele Natal de 1929 o jogo foi zerado, ninguém ganhou, todos perderam, e o futuro era por demais sombrio, mesmo assim apesar de tanta tristeza naquele Natal, a chama bruxuleante da esperança insistia em alentar os corações, como a dizer: “Aguenta, você consegue!”


No site do refrigerante norte-americano mais vendido no mundo, da famosa marca Coca-Cola (Coke), se pode ler como a empresa se propôs em meio a desgraça a fazer uma campanha de marketing, que alcançou um tremendo sucesso e que ao recriar o personagem Santa Claus (Papai Noel) o fez o maior concorrente do pobrezinho menino Jesus.


Foi neste site que eu li:

“Antes de 1931, existiam muitas representações diferentes do Papai Noel ao redor do mundo, incluindo um homem alto e magro e um elfo — havia até um Papai Noel assustador.

Mas em 1931, a Coca-Cola encomendou ao ilustrador Haddon Sundblom a pintura do Papai Noel para anúncios de Natal. Essas pinturas estabeleceram o Papai Noel como um personagem afetuoso e feliz, com traços humanos, incluindo bochechas rosadas, barba branca, olhos brilhantes e rugas de expressão. Sundblom inspirou-se em um poema de 1822 de Clement Clark Moore chamado "A Visit from St. Nicholas" — comumente conhecido como "Twas the Night Before Christmas".” 


E foi assim que surgiu o famoso Papai Noel conforme o conhecemos, senhor e dono da magia do Natal, realizador de sonhos, embaixador comercial do consumismo norte-americano, um gordinho feliz viciado em tomar Coca-Cola. Que até endereço tem para receber as cartinhas de crianças que querem ganhar um presente de Natal, que é: Santa Claus, Santa Claus's Main Post Office, 96930 Napapiiri, Finlândia.


Mas, após este sucesso imenso do Santa Claus da Coca-Cola, não se passou nem uma década e a Segunda Grande Guerra Mundial teve início em 1º de setembro de 1939 e terminou em 2 de setembro de 1945, foi um tipo de guerra total por terra, mar e ar, que resultou em 50 a 70 milhões de mortes, muitos países devastados, uma situação de terra arrasada por todo lado. Ninguém na verdade venceu, todos perderam, outra vez. O Natal de 1945, foi triste, muito triste, triste demais pois as explosões das bombas atômicas norte-americanas em Hiroshima e Nagasaki no Japão, inauguraram o poder destruidor da era atômica, fazendo gerações crescerem atormentadas pelo medo, tendo que viver com uma espada na cabeça, com a sensação que se podia morrer a qualquer instante em razão da insanidade, talvez, de apenas um líder mundial. 


Eu nasci em 1955 numa família tremendamente católica. Os  Natais da minha infância não tinham árvore de Natal grandiosas, mas sim lindos presépios. Era um tempo mais para recordar o nascimento de Jesus e como nem ele, apesar de ser quem era, não fora poupado da adversidade da condição humana. Nasceu na humildade e na pobreza, vindo a se tornar o maior entre todos aqueles nascidos de uma mulher. 


Nos natais da minha infância havia saborosas ceias preparadas na cozinha da casa da minha avó, as velas eram acesas e outros membros da família sempre vinham. Havia música clássica suave e troca de presentes, que não deviam ser nada caro, para não deixar as crianças mal acostumadas. Não havia muita alegria, apenas uma terna tristeza de Natal, pois sempre tinha alguém próximo que não estava mais entre nós. 


Vieram os anos da ditadura no Brasil (1964-1985) e com eles os modos dos norte-americanos, árvores de Natal artificiais enfeitadas e modernas e também o Papai Noel iniciou o seu império de consumismo. Logo os presépios deixaram de ter seu lugar de honra, as velas não foram mais acesas, a música era alta e barulhenta e se dançava para esquecer do mundo e esquecer da tristeza que se sentia no íntimo e que ninguém tinha direito mais de falar. A obrigação de se estar alegre e feliz quando não se está, de

dar presentes que não se quer dar, de comemorar quando não se tem o que comemorar, pois a verdade cruel é que nada estava melhor que antes e por vezes era só aparência de felicidade e prosperidade, mas viver de aparência de falsa prosperidade tem um custo muito alto. 


Daquele tempo para cá muitos natais se passaram, uns mais auspiciosos outros de tristeza imensa, daquela tristeza que parece que vai nos matar, os de alegria muito raros foram de felicidade ilusória, o último Natal deste tipo foi o de 2022, desde então meu coração ficou de luto, um luto sabático por tantas perdas sofridas, sonhos perdidos, amores ilusórios, tanto a ser esquecido, nada para querer lembrar, um vazio que se fez quase insuportável quando por causa da ausência física do meu companheirinho Freeway no Natal de 2024, meu Freezinho que fazia minha dor existencial ser mais suportável, agora suporto a dor da tristeza que o Natal me trás a seco, sem ter o bálsamo de seu amor incondicional. 


Foi assim, nesta tristeza de Natal que faz mais parte da realidade da vida do que a celebração feérica de falsa alegria, que eu assisti nestes dias o mais lindo de todos os filmes de Natal: 

O Melhor Espetáculo de Natal de Todos os Tempos” (2024) (HBOMax), cuja sinopse é: “Os Herdmans, conhecidos como as piores crianças, invadem o evento natalino da cidade. Grace dirige a peça pela primeira vez, enfrentando desafios com a presença indesejada dos Herdmans. As crianças problemáticas podem ensinar o espírito natalino.”, mas garanto que é muito mais do que isto, e foi este filme o bálsamo que eu precisava para o meu coração ferido, que fez-me pensar com o

olhar da personagem infantil de Imogene Herdmans (Beatrice Schneider), que reconheceu na doçura de Maria, uma durona como ela, capaz de enfrentar a vida com muita coragem carregando um filho que lhe fora dado por Deus, que nem perguntara a ela se era da vontade dela gerar um filho. 


Hoje, ao acordar antes mesmo do primeiro raio de luz rasgar a escuridão, eu fiquei pensando e sentindo meu coração e ouvi ele dizer-me com frágil esperança: “Aguenta! Você consegue!”


Por José, por Maria, pelo amado Menino-Jesus, o nosso Menino Deus, pelo burrinho que carregou Maria, bela vaquinha que cedeu a manjedoura como berço para Jesus, pelas ovelhas e seus cordeiros, pelos pastores chamados pelos anjos para adorarem Jesus, pelos Reis Magos que vieram do Oriente presentear o Rei que havia nascido para o mundo, pela Estrela Guia, pelos anjos do Céu, pelo Senhor Deus Todo-poderoso que amou tando a humanidade que lhe deu seu filho único e por todas gerações daqueles que vieram antes de mim, que também creram na mais bela história de todos os tempos sem a ter testemunhado, eu vou celebrar este Natal! Eu vou enfeitar uma árvore como se fosse da vida, eu vou montar o presépio de meus avós, eu vou colocar a estrela no topo da arvorezinha de Natal e a iluminar lembrando que “a luz veio ao mundo” e ela continua brilhando por 2031 (2025 + 6 do recenseamento romano), DOIS MIL E TRINTA E UM ANOS, e este é um grandioso milagre de Deus!


O tempo de luto do meu coração acabou, não por obra da magia do Papai Noel, mas por graça milagrosa da dádiva de Deus, único capaz de curar corações partidos, por me fazer CRER NO INCRÍVEL, VER O INVISÍVEL E RECEBER O IMPOSSÍVEL.


Tenhamos todos um Feliz Natal e mesmo que ele venha com um bocadinho de tristeza, lembre-se sempre que da tristeza é que nasce alegria.

❤️‍🩹✨⭐️✨❤️‍🩹

4 comentários:

  1. Que aula brilhante! Obrigado querida!❤️

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  2. Antonio Gabriel Ferreira14 de dezembro de 2025 às 16:35

    Que aula brilhante! Obrigado!❤️

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    1. Eu disse que eu não respondi seu bom dis porque estava escrevendo! Que bom que você gostou, e expressou o seu gostar o que fez meu coração muito feliz! Bjs ❤️

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