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domingo, 18 de outubro de 2015

JESUS, AMOR & FÉ - 10. JESUS, A ENCARNAÇÃO DE DEUS REVELADA

JESUS, AMOR & FÉ *

10. JESUS, A ENCARNAÇÃO DE DEUS REVELADA 


Então chegou aquele grande momento em que Jesus revelar-se-ia no Templo de Jerusalém em toda iluminação de sua sabedoria, e é assim que o Evangelho Pseudo-Tomé narra essa passagem em seu último capítulo (XIX):

"Quando estava com doze anos, seus pais fora, como de costume, a Jerusalém para assistir às festividades da Páscoa.
Terminadas as festas, puseram-se de volta para casa.
Na hora de partir, o menino Jesus retornou a Jerusalém. Seus pais pensavam que estivesse na comitiva.
Depois do primeiro dia de caminhada, começaram a procurá-lo entre seus parentes. Como não o encontrassem, sentiram-se muito aflitos e voltaram a Jerusalém à sua procura.
Finalmente, no terceiro dia, o encontraram no templo, sentado no meio dos doutores, escutando-os e fazendo-lhes perguntas. Todos estavam presos a suas palavras e se admiraram de que, sendo menino, deixará mudos os anciãos e mestres do povo. Explanava os pontos principais da lei e dos ensinamentos dos profetas.
Maria, sua mãe, aproximou-se dele e disse-lhe:
-Meu filho, porque procedeste assim conosco? Vê com que preocupação estamos à tua procura.
Respondeu Jesus:
- Por que me procurais? Não sabias, por acaso, que devo ocupar-me com aqueles que são do Pai? 
Perguntavam os escribas e fariseus: 
- És, por ventura, a mãe deste menino?
Ela respondeu:
- Sim.
Eles prosseguiram:
- Feliz és tu entre as mulheres, já que o Senhor se dignou abençoar o fruto de teu ventre. Glória, virtude e sabedoria iguais às dele não vimos jamais e nem de coisas semelhantes ouvimos falar.
Jesus levantou-se e acompanhou sua mãe. E era obediente a seus pais.
Sua mãe por sua vez, guardava todos estes fatos em seu coração.
Entretanto, Jesus ia crescendo em idade, sabedoria e graça. A Ele seja tributado louvor por todos os séculos dos séculos. Amém!”

Essa passagem também foi narrada no Evangelho de Lucas, segundo o testemunho dado por Maria a ele, e encontra-se no no Capítulo 2, versículos 41 a 50.

Entre os judeus era costume que a maioridade masculina se desse entre os 12 e 13 anos, e até hoje esse costume se perpetua na cerimônia do Bar Mitzvah, quando o jovem faz a leitura das sagradas escrituras do judaicas dando início à sua vida como um verdadeiro judeu. Portanto, essa passagem é relevante do momento que enseja uma tradição secular entre os judeus. Cabe aqui também mais palavras nos deixadas pelo profeta Isaías, para que compreendamos a natureza divinal de Jesus, escreveu o profeta:

"Ouvi-me voz que segui a justiça e que buscai o Senhor! ... Povos, escutai bem, nações prestai-me atenção! Pois é de mim que emanará a doutrina e a verdadeira religião que será a luz dos povos. De repente minha justiça chegará, minha salvação vai aparecer, meu braço fará justiça aos povos... O espírito do Senhor repousa sobre mim, pois o Senhor consagrou-me pela unção, enviou-me a levar a boa nova aos humildes, curar os corações doloridos, anunciar aos cativos a redenção, aos prisioneiros a liberdade...Com grande alegria eu me rejubilarei no Senhor e coração exultará de alegria em meu Deus, porque me fez revestir as vestimentas da salvação... Porque quão certo o sol faz germinar seus grãos e um jardim faz brotar suas sementes, o Senhor Deus fará germinar a justiça e a glória diante de todas as nações" (trechos de Isaías Caps. 51 e 61).

Compreendamos então o maravilhoso milagre que aconteceu com a encarnação de Deus em Jesus, pois hoje temos mais inteligência e sabedoria para entender que isso não é uma mera alegoria religiosa de algumas mentes criativas humanas, mas um fato que se reafirma como verdadeiro há centenas e centenas de anos a cada pessoa que levanta a sua voz e diz: "- Eu creio em Jesus, filho de Deus Pai Todo Poderoso!!!!”

Um menino nasceu para a humanidade, e Deus estava nele, Ele era a própria voz de Deus a ensinar as pessoas como poderiam ser perfeitas aos olhos do Pai, apenas sendo o melhor delas mesmas e dando o melhor de si em tudo que fizessem, bastava para tanto evitar o mal e abraçar o bem. 

Esse menino cresceu e sua história foi contada a muitas gerações até chegar até nós. Essa nossa geração cientifica e realista, que investiga a vida de um Jesus histórico como se nisso pudesse encontrar as respostas com seus corações frios e sem fé. Cogitam de modo humano de onde viria tanta sabedoria de Jesus, pois o julgam como um ignorante, pobre e analfabeto, quando Ele não era e não é nada disso que imaginam inutilmente. 

Jesus veio para conhecer os "modos e maneiras" humanas e investigar por qual motivo o ser humano não desistia de fazer o mal e de causar a própria infelicidade. Para isso, bastava que Ele convivesse tal como conviveu no seio da própria família e com as pessoas de sua comunidade, pois no pequeno se encontra todo um mundo, no seio de uma família se pode conhecer as venturas e desventuras da vida, a alegria e a tragédia da existência humana. 

E era essa apenas a experiência que Deus queria experimentar, ser uma pessoa comum como qualquer outra, uma criatura normal tal como Ele a fez no princípio da Criação. Só sendo Ele tanto criador  como criatura poderia mostrar a natureza divina que o ser humano foi destinado. Mas, apesar da natureza expiatória de sua demonstração do quão grandioso poderia ser o ser humano a ponto de vencer a própria morte, mesmo assim a descrença permaneceu  em muitos corações, que se afeiçoam mais ao mal do que ao bem, e   persistem em ter prazer com a própria infelicidade. 

A despeito de toda lógica e inteligência persiste a insatisfação do ser humano em não ser o próprio Deus, tornando-se tal atitude a única razão do mal que perverte o destino humano. E nisso reside a  mais crucial diferença entre o ser humano e Deus: o ser humano gosta de pensar que pode ser Deus, enquanto Deus não pensa que é um ser humano, ele se fez humano! Destarte, o ser humano só pode conhecer Deus através de Deus e não por si mesmo.

* Da coletânea de crônicas diárias publicadas no meu  perfil do Facebook  de dezembro/2014 a abril/2015.

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