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domingo, 6 de dezembro de 2015

JESUS, AMOR E FÉ - 24. JESUS E A NECESSIDADE DE MILAGRES

JESUS, AMOR & FÉ *

24. JESUS E A NECESSIDADE DOS MILAGRES

Passados dois dias, estando Jesus ainda em Cafarnaum, na Galiléia, onde o rei Herodes Antipas reinava e ordenara a prisão de João Batista, aproximou-se dele um oficial do rei de nome Cuza, que era em verdade “mordomo” do rei, nome dado ao mais alto cargo administrativo real, era assim como um “procurador do rei”, que ao ouvir sobre os milagres que Jesus vinha praticando na Galiléia correu a sua procura para rogar-lhe que fosse à casa dele para curar o seu filho que estava doente.
Ao ouvir o pedido Jesus disse a Cuza:
- SE NÃO VIRDES MILAGRES E PRODÍGIOS, NÃO CREDES…
Pediu-lhe o mordomo:
- Senhor, venha a minha casa antes que o meu filho morra!
E Jesus o dispensou dizendo:
- Vai para a tua casa, o teu filho está passando bem.
E, Jesus não disse ao mordomo do rei “ eu irei e o curarei” como dissera ao centurião. Jesus seguiu em seu caminho enquanto o  mordomo do rei Herodes tomou seu caminho para sua casa nas imediações do palácio emTiberíades, ao sudeste de Cafarnaum,  às margens do mar da Galiléia, apenas tendo as palavra de Jesus como consolo ao seu coração aflito. Quando se aproximava de sua casa os seus criados vieram ao seu encontro e lhe disseram:
- Vosso filho, Senhor, está passando bem!
Então, Cuza, o mordomo do rei, lhes perguntou:
- A que horas meu filho se sentiu melhor?
E os criados responderam:
- Ontem, à sétima hora *(uma hora após o meio-dia)!
E Cuza se admirou, pois fora exatamente a hora em que Jesus lhe dissera: “Teu filho está passando bem.” E, por isso toda a casa de Cuza acreditou em Jesus (Jo 4:43-53), e Joana sua esposa passou a acompanhar Jesus para o servir e assistir à ele e aos seus discípulos com suas posses, tal como outras mulheres o fariam também, tais como as irmãs do fazendeiro Lázaro; Maria Madalena, assim chamada por suporem que nascera em Magdala ou Magadã, cidade vizinha a Cafarnaum, onde Jesus se estabelecera às margens do mar da Galiléia, e Marta da Betânia, vilarejo no monte das Oliveiras a 3 km de Jerusalém, e Suzana, mulher de Pôncio Pilatos governador da Judeia em nome do Imperador, que era discípula secreta de Jesus (Mt. 27-19) (Lc. 8:1-3).
Dias depois, Jesus voltava para Cafarnaum de uma de suas visitas aos lugarejos às margens do mar da Galiléia, e foi recebido como sempre por uma multidão de pessoas. Em meio ao povo também estava o chefe da sinagoga local - aquele que era amigo do centurião romano que construíra a sinagoga de Cafarnaum e que demonstrara imensa fé em Jesus, que lhe salvara a vida do servo. O nome do proeminente rabi de Cafarnaum era Jairo, e ele assim que viu Jesus, se lançou aos pés dele suplicando-lhe e rogando-lhe com insistência por sua filha única de 12 anos, dizendo:
- Minha filhinha esta nas últimas. Vem impõe-lhe as mãos para que se salve e viva!
E, Jesus, também não disse ao chefe da sinagoga “eu irei e a curarei” como falara ao centurião, mas sem dizer uma palavra acompanhou a Jairo em direção à sua casa e a multidão o seguia o comprimindo, quase o impedindo de prosseguir no seu caminho. Em dado momento Jesus sentiu que o poder de sua virtude celestial fora tocado e sua energia fora subtraída sem sua autorização, e perguntou em alta voz e com autoridade para os que o cercavam:
- Quem me tocou na minha virtude?
O que parecia um tanto absurdo, já que ele estivera exprimido pela multidão. E um dos discípulos lhe respondeu com tom de reprimenda, se arrogando no direito de repreender o Mestre:
- Vês a multidão que te comprime, e perguntas: Quem me tocou?
Mas Jesus não respondeu e continuou a olhar a derredor em busca de quem o “tocara” indevidamente.
Então, uma mulher atemorizada e tremula lançou-se aos pés de Jesus e lhe disse:
- Senhor, eu há doze anos sofria de um fluxo de sangue que nenhum físico ou curandeiro achou um remédio para me dar um alívio, ao contrário a doença só fazia piorar. Eu gastei todos os meu bens para encontrar a minha cura e fiquei na miséria, ao ouvir falar de seus milagres, pensando que não me darias atenção nenhuma por ser eu agora uma pobre miserável, pensei comigo: “Se eu tocar apenas a orla do manto dele eu ficarei curada.” E, assim, eu toquei a orla da vosso manto, e no mesmo instante eu senti que o fluxo de sangue parou e eu me senti curada.
E, Jesus, ficou compadecido em seu coração pela narrativa da pobre mulher e lhe disse sorrindo:
- Tu tens confiança! Minha filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do seu mal.
Mal terminara de falar, chegou alguém da casa de Jairo para lhe falar, dizendo:
- Tua filha morreu. Para que ainda incomoda o Mestre?
Ouvindo o que diziam a Jairo, Jesus se dirigiu a ele disse:
- Não temas. Crê somente. Sua filha dorme.
E Jesus só chamou para acompanhá-lo a Pedro e os irmãos João e Tiago, filhos de Zebedeu. Ao chegarem na casa do chefe da sinagoga, estava um alvoroço e grandes lamentações se podia ouvir. E Jesus disse a todos que ali estavam:
- Por que todo esse barulho e esses choros? A menina não morreu, ela está dormindo!
Mas, os que ali estavam riram e zombaram de Jesus. Jesus mandou que todos se retirassem da casa e foi com Jairo, Pedro, João e Tiago até onde estava o corpo da menina e pegando nas mãos dela disse:
- Menina, ordeno-te, levanta-te!
E, imediatamente em resposta a ordem de comando de Jesus a vida voltou à menina, que levantou-se e caminhou. Jesus virando-se para o pai disse para que ordenasse que dessem alimento à filha e ordenou a todos expressamente que não contassem para ninguém o que tinha se passado no aposento. Contudo, a ressurreição da menina não ficaria em segredo, e a notícia se espalhou por toda a região. (Mr. 5:21-42, Lc. 8: 40-55 e Mt. 9:18-26)
Aqui temos duas passagens reveladoras, nos dois casos nota-se que os milagres possuem graus diferentes de atenção de Jesus e também de qualidade de atendimento, dando natureza diferentes a cada um deles, a nenhum dos dois agraciados com a atenção de Jesus que pediram para Jesus curar seus filhos ele disse “eu irei e o curarei”. Jesus atende o mordomo de Herodes com pouca atenção, contudo apesar disso salva a vida do filho dele à distância tal como fizera com o servo do centurião, não indo assim nem na casa de um que servia ao imperador de Roma, nem do outro que servia ao que se dizia rei dos judeus. Contudo, no caso, do chefe da sinagoga, ele vai à casa dele, mas se deixa deter para atender uma mulher pobre e insignificante, cujo caso de padecimento contínuo de uma doença por doze anos consumiu todos seus bens e na sua humilhação buscou a sua salvação em oculto, tomando a graça milagrosa sem permissão pois considerava-se indigna da atenção de Jesus, mesmo assim acreditava que mesmo sem o saber Jesus a curaria apenas tocando na orla de suas vestes. E no caso  desse milagre Jesus se alegra e diz à mulher "A TUA FÉ TE SALVOU!!!", pois em verdade é a FÉ a verdadeira graça salvadora e sem ela não existiriam milagres. Destarte,  parece até que o atraso por conta desse episódio impediu que Jesus chegasse a tempo para salvar a vida da filha única de Jairo de apenas 12 anos, contudo isso não preocupa a Jesus, pois ao seu ver o atraso era propício a um milagre maior que se daria em relação à filha do chefe da sinagoga para que assim ele e todos os outros acreditassem e tivessem FÉ: Jesus restituiu a vida à sua filhinha. 
Podemos ver nessa passagem o quanto Deus amava ao seu povo escolhido, tanto que estaria disposto e desejoso de salvar a todos, fossem eles pecadores, hipócritas, ricos, pobres, religiosos ou não, Jesus queria que todos tivessem seus corações convertidos ao amor de Deus. Jesus percorria assim todas as cidades e aldeias da Galiléia e arredores. Ensinava nas sinagogas, pregando a boa e feliz nova do reino (Evangelho) e curando todo o mal e toda enfermidade. Vendo as multidões que sempre acorriam a sua chegada ficava tomado de compaixão, porque via as pessoas enfraquecidas e abatidas na Fé, como ovelhas sem pastor. E dizia a seus discípulos:
- A plantação vai frutificar em abundância, mas são poucos os operários para fazerem a colheita. Peçam pois que o Senhor, envie operários para a sua colheita. (Mt. 9:35-37)
Pois assim fora escrito em razão da necessidade dos milagres:
"Fazei comparecer o povo cego apesar de ter olhos e os surdos que têm ouvidos! Que todas as nações se congreguem e que os povos se reunam! Quem dentre eles soube predizer o que se passa e foi o primeiro que no-lo fez saber, que apresentem suas testemunhas para justificar suas pretensões, sejam ouvidas para que se possa dizer: "É exato".
Vós sois minhas testemunhas, diz o Senhor, e meus servos que escolhi, a fim de que se reconheça e que me acreditem e que se compreenda que sou eu. Nenhum deus foi formado antes de mim e não haverá outro após mim. Sou eu, sou eu o Senhor, não há outro salvador a não ser eu. Sou eu que predisse e salvei, e não um deus estranho entre vós. Vós sois minhas testemunhas, diz o Senhor, eu sou Deus desde toda a eternidade. Ninguém poderá escapar de minha mão; quando executo, quem poderia destruir a minha obra?" (Isaías 43:8-12)
Por aquele tempo Jesus pronunciou essas palavras:
- Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondestes estas coisas *(as coisas sagradas, os ensinamentos espirituais) aos sábios e entendidos as revelaste aos pequenos *(aqueles que vendo os milagres acreditavam). Sim, Pai, eu te bendigo; porque assim foi do teu agrado. Todas as coisas me foram dadas pelo Pai e ninguém conhece Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-Lo.
E olhando o mundo a sua volta com inteira compaixão Jesus disse:
- VINDE A MIM, VÓS TODOS QUE ESTAIS AFLITOS SOB O FARDO, E EU VOS ALIVIAREI. TOMAI O MEU JUGO SOBRE VÓS E RECEBEI A MINHA DOUTRINA, PORQUE EU SOU MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO E ACHAREIS REPOUSO PARA AS VOSSAS ALMAS. PORQUE O MEU JUGO É SUAVE E MEU PESO É LEVE.
  • Da coletânea de crônicas diárias publicadas no meu  perfil do Facebook  de dezembro/2014 a abril/2015.

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