Translate

domingo, 21 de fevereiro de 2016

JESUS, AMOR & FÉ - 45. AS PROFECIAS DE JESUS

JESUS, AMOR & FÉ *

45. AS PROFECIAS DE JESUS

Não é por acaso que as profecias de Jesus sejam desconsideradas, alguns a chamam apenas “predições”, outros consideram “maldições”, esses últimos são justamente aqueles que contribuíram para os acontecimentos desafortunados que levaram ao estranho desfecho da condenação e morte de Jesus. Mas, não, em verdade são profecias que se enquadram perfeitamente ao que já tinha sido dito por outros profetas judeus de Isaías a Malaquias. Ora, como o próprio Deus disse a Moisés: “Quando o profeta tiver falado em nome do Senhor, se o que ele disser NÃO se realizar, é que essa palavra NÃO veio do Senhor. O profeta falou presunçosamente. Não o temas.” (Deu. 18:22) Ora, impõe-se assim a lógica de que se o que o profeta falar em nome de Deus acontecer, deve-se temê-lo. E as palavras ditas por Jesus aconteceram, então devemos não só acreditar em suas palavras por serem verdadeiras e expressão de Deus, como devemos temer sua profecia, mais ainda do que damos crédito àquelas que vieram depois dele, como o Apocalipse de João.
No dia anterior, Jesus entrara triunfalmente em Jerusalém, mas o que poderia ser para os outro um motivo de júbilo e alegria, era para ele causa de profunda amargura. Alarmados com o que Jesus dissera sobre a necessidade da sua morte, os discípulos na manhã seguinte acorreram a ele para entender o que Jesus queria dizer com aquelas palavras angustiantes. Estando Jesus sentado no monte das Oliveiras contemplando Jerusalém, achegaram-se a ele os seus discípulos e Jesus disse-lhes:
- Vêdes toda essa cidade. Em verdade vos declaro: Não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído.
Um dos discípulos então perguntou-lhe:
- Quando acontecerá isto?
Outro perguntou também:
- Qual será o sinal do fim do mundo?
E ainda outro questionou:
- Qual será o sinal da tua volta para que nós possamos o esperar?
Perguntavam todos ao mesmo tempo, pois estavam por demais ansiosos devido as coisas que Jesus andavam dizendo e que não compreendiam. Pois, era opinião comum entre os judeus que o reino do Messias coincidiria com catástrofes que deviam preceder o fim do mundo.
Então Jesus lhes falou assim:
- Cuidai que ninguém vos seduza. Muitos virão em meu nome dizendo eu sou o Messias. E seduzirão a muitos. Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras. Atenção que isso não vos perturbe, porque é preciso que isso aconteça. Mas, ainda não será o fim. Levantar-se-á nação contra nação, reino contra reino, e haverá fome, peste e grandes desgraças em diversos lugares. Tudo isso será apenas o início das dores. Então sereis entregues aos tormentos, matar-vos-ão e sereis por minha causa objeto de ódio para todas nações. Muitos sucumbirão, trair-se-ão mutuamente e mutuamente se odiarão.
Realmente, depois de Jesus muitos vieram se dando o título de Messias e exaltavam o povo judeu para a guerra, o que acabou acontecendo e levando os judeus à desgraça a partir de 70 d.C. com sucessivos levantes até 117 d.C, e em 132 d.C chegou o fim com a diáspora judaica, ordenada pelo imperador romano Adriano. Com a dispersão dos judeus pelo território do Império Romano, exilados de sua pátria de origem, tornaram-se um povo sem pátria, e justamente em razão da expansão da religião cristã tomada sob a tutela de um renovado império romano, pode-se dizer que o povo judeu foi o mais perseguido da história humana, se tornando uma abjeção para muitos. 
Assim, Jesus descrevia o que aconteceria não apenas com os seus discípulos, mas com todo o povo judeu, o povo que anteriormente fora escolhido por Deus para ser objeto de sua afeição e se tornar exemplo do caminho a ser seguido por toda a humanidade, mas que apesar disso foi causa de uma decepção tão grande quanto a causada por Adão e Eva, que após serem expulsos do Paraíso seus descendentes levaram Deus a tal ira que decidiu destruir toda sua criação, não o fazendo apenas por ter encontrado em Noé um Homem digno de ser chamado de Filho de Deus, todavia a descendência de Noé que deu origem ao patriarca Abraão fundador do povo hebreu, que viria a ser o povo escolhido de Deus, apesar de todos os ensinamentos recebidos do próprio Deus e da promessa de que receberia a Terra Prometida de Canaan em seu devido tempo, impacientou-se, em busca das riquezas impuras do Egito acabou escravizado, e teria desaparecido nessa condição se Deus não tivesse suscitado Moisés para tirá-los dessa situação lamentável e levá-los para a Terra Prometida à Abraão. Justo esse povo que fora depositário da riqueza da sabedoria divina, a quem Deus dera tantos motivos para que Nele acreditasse, provou-se ser o mais rebelde, sempre contestando-o e se desencaminhando, afeito ao pecado e distante de um coração piedoso e misericordioso, acabando sendo condenado a dispersão entre a humanidade pois fora avarento com os conhecimentos que Deus lhe dera e não tivera a generosidade de atrair para si mais e mais servos de Deus, ao contrário, restringia e discriminava de maneira que ninguém pudesse descobrir uma maneira própria de se aproximar de Deus se não fosse por eles e por suas maneiras. Contudo, ao final, seriam eles um bando de facínoras, pois voltaram-se contra Aquele ao qual juraram ser fiel, foram por isso perversos e criminosos com quem menos deviam ser.
Depois de dizer qual seria o destino do povo judeu e de Jerusalém, Jesus passou a dar ao seu relato uma nova direção mais universal:
- Então este Evangelho, a Boa Nova do Reino de Deus, será pregado pelo mundo inteiro para servir de testemunho a todas as nações, e então chegará o fim.
Ora, esse aspecto universalista da doutrina de Jesus foi o maior motivo para ela ter sido adotada pelo Império Romano no século IV de nossa era para constituir-se um estado teocrático romano, o que alcançou um verdadeiro sucesso, porquanto a “conversão” ao cristianismo se tornou uma obsessão para muitos povos, que se viam abençoados pela prosperidade e pela proteção divina num tempo em que viver tanto quanto sobreviver era verdadeiramente um desafio de vida ou morte. Sem dúvida foi um atributo da doutrina legada por Jesus a evolução da condição humana sanguinária, sempre sedenta de sangue, para uma condição de inteligência e de melhor uso de sua racionalidade, todavia em razão disso, uma nova forma de impiedade humana se estabeleceria dando continuidade ao apego humano às coisas materiais e a necessidade do forte exercer seu poder sempre de maneira brutal sobre o mais fraco, o que se expressou na pior maneira possível em dois aspectos ocorridos em tempo recente durante a Segunda Guerra Mundial, tanto no holocausto dos judeus, ciganos, alemães, poloneses e outros considerados "inferiores" e não dignos da vida pelo governo alemão nazista de Hitler, como no lançamento de duas bombas atômicas pelos norte-americanos no Japão nas ilhas de Hiroxima e Nagasaki. Ambos casos dois imensos pecados de assassinato em massa, de fratricídio humano, que mancham a dignidade humana de uma maneira ignóbil, ofensivos pecados contra toda a Humanidade, contra a Lei da vida de Deus.
Jesus disse a seguir:
- E ANTE O PROGRESSO CRESCENTE DA INIQUIDADE O CORAÇÃO DE MUITOS SE ESFRIARÁ *( com a ausência de amor, caridade, generosidade e  piedade). ENTRETANTO AQUELE QUE PERSEVERAR NA FÉ ATÉ O FIM SERÁ SALVO.
Jesus predisse assim um tempo em que a razão sobrepor-se-ia sobre os sentimentos que provêem do coração, um tempo de racionalismo e quase nenhum amor. E esse tempo começou com o movimento filosófico do Iluminismo, no século XVIII, na França, e promoveu o início de uma escalada revolucionária do racionalismo que continua em voga até os nossos dias.
Em seguida continuou Jesus:
- Quando virdes estabelecida no lugar santo a abominação da desolação que foi predita pelo profeta Daniel, (12:11-12 - capítulo referente aos tempos messiânicos) - que o leitor entenda bem a profecia de Daniel - então os habitantes da Judéia fujam para as montanhas. Aquele que está no terraço da casa não desça para tomar o que está em casa. E aquele que está no campo não volte para para buscar suas vestimentas. Ai das mulheres que estiverem grávidas naqueles dias. Rogai para que a sua fuga não seja no inverno, nem em dia de sábado, já que não podeis caminhar nesse dia, nem segundo a Lei salvar a própria vida., porque então a tribulação será tão grande como nunca foi vista, desde o começo do mundo até o presente, nem jamais será. SE AQUELES DIAS NÃO FOSSEM ABREVIADOS, CRIATURA ALGUMA ESCAPARIA, MAS POR CAUSA DOS ESCOLHIDOS, AQUELES DIAS SERÃO ABREVIADOS.
Diz a passagem de Daniel mencionada por Jesus: “Desde o tempo em que for suprimido o holocausto perpétuo e quando for estabelecida a Abominação do devastador, transcorrerão mil duzentos e noventa dias. Feliz quem esperar e alcançar mais mil trezentos e trinta e cinco dias. Quanto a ti, vai até o fim, Tu repousarás e te levantarás para receber tua parte na herança, no fim dos tempos.”
Quem está habituado a estudar as profecias sabe que inúmeras vezes os profetas cifram e usam de códigos para salvaguardarem elas do entendimento de quem não é devido. Ao contrário do que se possa imaginar não é nada muito complicado, e nada é mais seguro do que guardar um segredo de maneira tão simples e óbvia que não desperte maiores suspeitas. Contudo para entender de qual “Abominação” o profeta Daniel fala é preciso saber um pouco da História dos judeus, principalmente do Reino de Judá onde ficava a cidade de Jerusalém e o Templo de Salomão, erguido segundo as ordens de Deus.
O profeta Daniel era de família abastada e pertencia à nobreza do Reino de Judá, pois após a morte do Rei Salomão, filho do rei Davi, o seu reino foi dividido em dois, ao norte o Reino de Israel e ao sul o Reino de Judá. Daniel nasceu em 623 a.C., e Daniel tinha 33 anos quando subiu ao trono o jovem rei Joaquim, então com 18 anos. Há alguns anos o Reino de Judá se tornara vassalo do reino da Babilônia, todavia a falta de pagamento da vassalagem levou o rei da Babilônia, Nabucodonosor a invadir o reino de Judá e levar o rei Joaquim então com 21 anos e toda a sua corte, assim como os tesouros do Templo de Salomão em cativeiro. Daniel também foi levado para a Babilônia e tinha a idade de 36 anos, era então o ano de 587 a.C. quando a “Abominação” do devastador foi estabelecida, pois Nabucodonosor não só pilhou o templo como suspendeu o o sacrifício da Páscoa, o chamado holocausto perpétuo em memória da libertação dos judeus do Egito. 
Ora, no versículo anterior Daniel dá uma pista sobre o que ocorrerá na humanidade: “Muitos serão limpos e acrisolados e provados. Os ímpios agirão com perversidade, mas nenhum deles compreenderá, enquanto os sábios compreenderão.” (12:10) No capítulo 12 que Daniel faz a profecia dos tempos messiânicos, também está escrito: “Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande chefe, o protetor dos filhos do seu povo *(Arcanjo Miguel, o anjo da Face de Deus). Será uma época de tal desolação, como jamais houve igual desde que as nações existem até aquele momento. Então os filhos do teu povo, serão salvos todos aqueles que se acharem inscritos no livro. Muitos daqueles que dormem no pó da terra, despertarão uns para a vida eterna, outros para a ignorai, a infâmia eterna. Os que tiverem sido inteligentes fulgirão com o brilho do firmamento, e os que tiverem introduzido muitos nos caminhos da justiça luzirão como as estrelas, com um perpétuo resplendor.” (12:1-3) A exaltação dupla de Daniel a inteligência e a sabedoria nos oferece a compreensão de que a Humanidade estava destinada a uma evolução intelectual trazida por um aumento e melhor uso de sua inteligência, os dias da contagem de Daniel representam na verdade “anos”, e estes 1290 anos, e não dias, nos levam a uma data muito expressiva a partir da tomada do Templo de Salomão por Nabucodonosor, em 587 a.C., a data do ano de 703 da nossa era, que diminuído aqueles quatro anos de erro do calendário gregoriano, seria o ano de 699 d.C., se alguém pensa que aconteceu algo muito digno de nota para constar nos anais históricos da humanidade, eu diria que não, mas em termos de uso da inteligência algo começa a acontecer em algum lugar do território francês, dando início ao estudo da primeira obra de engenharia do chamado “moinho de água”, que permitiria captar a energia da água de um rio para criar “movimento” sem força de trabalho humano ou animal.  Décadas depois em 770 d.C. os moinhos de água dariam início ao processo industrial da moagem da cevada. Portanto, não seria errôneo afirmar que a “Revolução Industrial” teve início exatamente nessa época escalando após várias etapas de conhecimento que nos trouxe a sociedade industrializada que vivemos hoje, uma revolução que já dura desde a criação do primeiro moinho de água em 699 na França até os dias de hoje exatamente 1316! Restando assim apenas 19 anos pelos cálculos de Daniel para o tempo do Messias, ou para o retorno definitivo de Jesus. Ora, não cause espanto a nós que em breve no ano de 2029, estaremos comemorando dois mil anos de ressurreição de Jesus, ou seja dentro de apenas 13 anos, contando a partir do ano presente de 2016. Ou seja, o que verdadeiramente importa, é que estamos próximos de ver o que a maior parte da humanidade sempre desejou ver a volta manifesta de Jesus e o tempo do início de um novo tempo amplo de misericórdia e felicidade.
Esclarecidas essas palavras de Jesus, que causam tanto desconforto para a interpretação de alguns estudiosos, tanto que nem gostam de se dedicar mais profundamente a este estudo, pois afinal é o que mais se teme o que menos se fala, que poderemos ir avante na profecia que Jesus faz sobre a sua segunda vinda manifesta entre as pessoas, disse ele:
- Então, se alguém vos disser: Eis aqui está o Messias! ou: Ei-lo acolá! Não creias, porque se levantarão falsos messias, falsos profetas a ponto de seduzir, se isso fosse possível até mesmo os escolhidos. Eis que estais prevenidos. Se vos disserem: Vinde ele está no deserto, não saias. Ou: Lá está ele em casa, Não o creias. Porque como o relâmpago parte do Oriente e ilumina o Ocidente, assim será a volta do Filho do Homem. Onde houver um cadáver, ai se juntarão os abutres. Não conheceis vós esses provérbios? Do mesmo modo a minha vida se dará de maneira expontânea e natural. Ouçam pois, logo após os dias de tribulação, o sol escurecerá, a lua não terá claridade, pois haverá um eclipse. Os luminares serão abalados, como se vissem as estrelas e as potências dos céus caírem. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem. Todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu cercado de glória e majestade. Ele enviará seus anjos com estridentes trombetas, e juntarão seus escolhidos dos quatro ventos duma extremidade do céu à outra. Compreendeis isto pela comparação da figueira: quando seus ramos estão tenros e crescem as folhas, pressentis que o verão está próximo. Do mesmo modo, quando virdes tudo isto, sabeis que o Filho do Homem está próximo. Tudo isso virá sem aniquilar essa raça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Quanto aquele dia e aquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, nem mesmo o Filho, mas somente o Pai. Assim, como foi nos tempos de Noé, assim acontecerá na vinda do Filho do Homem. Nos dias que precederam o dilúvio, comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia que Noé entrou na arca. E os homens nada sabiam, até o momento que veio o dilúvio, e os levou a todos. Assim será também na volta do Filho do Homem. Dois homens estarão no campo; um será tomado e outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo o mesmo moinho, uma será tomada e outra será deixada. Vigiai, pois, porque não sabeis a hora em que virá o Senhor. Sabei que se o pai de família soubesse em que hora da noite viria o ladrão, vigiaria e deixaria arrombar a sua casa. Por isso estai também vós preparada, porque o Filho do Homem virá numa hora em que menos pensardes. (Mt. 24:3-44) Ficai de sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo. Será como um homem que partindo em viagem, deixa a sua casa e delega a sua autoridade aos seus servos, indicando o trabalho que cada um deve fazer e manda o porteiro que vigie. Vigiai, pois visto que não sabeis quando o Senhor da casa voltará, se à tarde ou à meia- noite, se ao cantar do galo ou pela manhã, para que se ele vindo de repente não vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos: Vigiai! (Mr. 14:34-37)
Vendo que os discípulos o olhavam com seus olhos arregalados sem muito compreender a razão daquelas fatalidades, Jesus lhes disse ainda:
- Quando na terra a aflição apoderar-se das nações pelo bramido do mar e das ondas. Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir sobre a terra. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Quando virem estas coisas começarem acontecer reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação. Assim, vendo que esta coisas se sucedem saibam que está perto o reino de Deus. Velai sobre vós mesmos, para que os vossos corações não se tornem pesados com o excesso de comer, com a embriaguez e com as preocupações da vida; para que aquele dia não vos apanhe de improviso. Pois, como um laço cairá sobre aqueles que habitam sobre a face da terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, e orai a fim de que vos torneis dignos de escapar a todos estes males que há de acontecer. Oreis, para que vós tenhais força de vos apresentar de pé diante do Filho do Homem e não de joelhos! (Lc. 21:25-36)
E seus discípulos lhe perguntaram:
- Que dia virá o Reino de Deus?
Jesus disse-lhes:
- Ele não virá após uma espera. Não se dirá 'eis que ele está aqui 'ou eis que ele está lá'. Pois bem, o reino do Pai está espalhado pela terra e vós não o enxergais! O Reino de Deus está no meio de vós! (To. 113 e Lc. 17:21)
Então os discípulos rogavam para Jesus:
- Diga-nos quem és para que creiamos em ti!...
Jesus lhes disse tomado de uma certa indignação:
- Vós puseste à prova a Face do céu e da terra, mas aquele que está diante de vós nem chegastes a conhecer... E, neste momento, nem sabeis colocá-lo à prova. (To. 91)
Perguntaram então a Jesus:
- Vinte e quatro profetas falaram em Israel, falaram todos eles de ti?
Jesus respondeu-lhes:
- E, vós abandonais aquele que vive em vossa presença, para falares de mortos? (To. 52)
E entristecido pensava consigo mesmo: Eu me mantive no meio do mundo e revelei-me na carne. Encontrei a todos embriagados. Entre eles, não encontrei nenhum que tivesse sede da minha alma, aflijo-me pelos filhos do homens, pois eles são cegos em seus corações e não enxergam. Assim como eles vieram vazios ao mundo, também procuram sair vazios. Mas agora eles estão embriagados das coisas mundanas. Quando eles tiverem curado sua embriaguez, se arrependerão... (To. 28)
Sim era isso, infelizmente Jesus sabia que os discípulos não poderiam entendê-lo e nem compreenderiam o que estava acontecendo. Contudo bastava que eles ouvissem e ouvindo guardassem alguma coisa de suas palavras na memória, pois na hora certa ele próprio Jesus, se encarregaria de os fazer recordar de suas palavras e de sua Profecia. E tanto o foi, que até hoje não se encontrou documentação nenhuma com data anterior a queda de Jerusalem nas mãos do general Tito, filho do imperador romano Vespasiano, em 70 d.C. Isso não foi obra do acaso, isso se deveu ao fato que a doutrina de Jesus era transmitida boca a boca apenas, mas quando a profecia de Jesus quanto ao destino do Templo, de Jerusalém e do próprio povo judeu aconteceu conforme suas palavras sua fama ganhou poder e status entre os seus seguidores, só então os Evangelhos foram escritos, sendo que aqueles conhecidos como dos apóstolos evangelistas de Jesus apenas São João teria testemunhado a queda de Jerusalém, e o outro Evangelista seria Lucas, que era da Antióquia, e não chegou a conhecer Jesus, mas por seu relato é possível aventar que obteve preciosos depoimentos de Maria, mãe de Jesus. Portanto, só do momento que algum fato concreto respaldou a profecia de Jesus ela passou a ter algum crédito no meio de seus seguidores. Mesmo assim, não compreendiam muito sobre o que Jesus falava, nem mesmo entendiam sua referência à profecia de Daniel, menos ainda poderiam compreender que “luminares” abalados fossem os sábios de alguma época distante e não astros celestes, afinal Jesus se expressava sempre com o uso de metáforas. Além do mais, o que poderia parecer estranho como “chegar numa nuvem” e “descer dos céus” naquele tempo, bem…, hoje com o uso costumeiro dos aviões qualquer um faz isso, não é verdade? Portanto, ao lermos essa profecia de Jesus, não devemos tomara ao pé da letra, mas buscar compreender o seu principal conteúdo: a necessidade de perseverar na Fé em Deus, a necessidade de vigiar e a necessidade de não deixar o coração esfriar, mesmo que se alcance um alto grau de sabedoria, pois só assim conseguiremos ser dignos deste tão desejado reencontro com o Nosso Amado Senhor Jesus. 
Contudo como o próprio Jesus tinha considerado, a embriaguez com a mundanidade toma a muitos ainda e parece que nada é capaz de deixa-los sóbrios, e verdadeiramente, esses VIERAM VAZIOS AO MUNDO E TAMBÉM PROCURAM SAIR DO MUNDO VAZIOS, são sem nunca terem sido algo realmente, estão vivos para as coisas terrenas, mas mortos para o conhecimento das coisas celestiais e estando mortos não conhecerão a vida eterna, pois não dão frutos e nem sementes, são inúteis às obras de Deus e até o fim não se dão conta disso e morrerão como se jamais tivessem existido e deles ninguém se lembrará.
  • Da coletânea de crônicas diárias publicadas no meu  perfil do Facebook  de dezembro/2014 a abril/2015.

Nenhum comentário:

Postar um comentário