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domingo, 28 de fevereiro de 2016

JESUS, AMOR & FÉ - 47. JESUS E A SANTA CEIA.

JESUS, AMOR & FÉ *

47. JESUS E A SANTA CEIA

Era então o quinto dia da semana e o segundo antes da Páscoa. E o sacrifício pascal começaria na tarde do dia que precederia a Páscoa, o dia precedente ao décimo quarto dia do mês de Nissan. O sacrifício da Páscoa tinha precedência sobre o Sabá, mas sempre havia grande discussão entre os fariseus e os sacerdotes quando ocorria da Páscoa e do Sabá se darem no mesmo dia, e vivia tendo contentas a respeito deste assunto, sem que chegassem a um acordo. Mas, os pães sem fermento ja tinham sido preparados assim como o molho de ervas para o assado, apesar que a oferta do sacrifício só seria feita no décimo terceiro dia do mês, que naquele ano seria o sexto dia da semana, o qual se iniciaria após o crepúsculo daquele dia.
Naquele dia Jesus se preparava para o início do sacrifício pascal, pois os galileus eram famosos pela escrupulosa observância da cerimônia da Páscoa. Naquela tarde do quinto dia, Simão Pedro fora enviado ao mercado para comprar o cordeiro sacrificial por ordem de Jesus, o qual seria abatido quando ao por do sol e chegasse a noite da Páscoa. Mas, Jesus queria fazer a ceia da véspera da Páscoa dentro dos muros de Jerusalém, então enviou um mensageiro à Nicodemus, aquele sacerdote que se tornara seu discípulo em segredo e que fora ao seu encontro em oculto em Cafarnaum, para lhe arranjar um lugar para ceiar com seus discípulos, mas todos os arranjos deveriam ser mantidos em segredo.
Nicodemus ficou cheio de alegria em poder atender um pedido de Jesus e logo foi ter com José de Arimatéia, porquanto Nicodemus sendo sacerdote do Templo não poderia fazer a ceia em sua morada pois sem dúvida chamaria a atenção. José de Arimatéia, era aquele homem rico que se entristecera de não poder seguir Jesus, já que não poderia abandonar os seus negócios, mas também se tornara seu discípulo em segredo. Nicodemus e José de Arimatéia eram grandes amigos, e este ao receber o pedido de Nicodemus vindo de Jesus não coube em si em contentamento por poder oferecer a sua casa para que Jesus realizasse com seus discípulos a ceia de véspera da Páscoa. 
José de Arimatéia mandou preparar o grande salão com riqueza de requintes, com belas bandejas e jarras do melhor vinho. Designou os serventes para atender a ceia, Mandou comprar do bom e do melhor das ervas, verduras, grãos, frutas para que a ceia fosse à altura da dignidade de Jesus. Ordenou que todas as lâmpadas fossem acesas logo que caísse o crepúsculo. Mandou cobrir a mesa com a melhor seda e os bancos com suas melhores tapeçarias. O melhor do melhor ele ofereceria a Jesus, a quem ele acreditava piamente ser o Messias, o rei dos Judeus prometido pelas profecias. 
A sala que José de Arimatéia mandara preparar para a ceia era no alto e dava para o terraço, do qual podia se avistar o horizonte além de Jerusalém, por ele ser um dos homens mais ricos de Jerusalém, se não fosse o mais rico, sua casa era na parte alta da cidade, o local mais nobre. E, José de Arimatéia mandara colocar a mesa da ceia de tal forma que Jesus teria uma esplendida vista do por do sol e do anoitecer pascal. Recomendou aos seus serviçais que não esquecessem as bacias de água e as toalhas para a lavagem das mãos. E todo o ambiente foi perfumado com o mais luxuoso perfume. E tudo finalmente ficou pronto e José mandou um dos seus servos avisar Jesus que o recinto para a sua ceia estava pronto.
Quando Jesus chegou em oculto com seus discípulos, trazendo o cordeirinho que seria oferecido em sacrifício em seus braços protegido por sua manta, ele ficou encantando de como José de Arimatéia se dedicara a preparar tudo nos menores detalhes para seu inteiro contentamento e abraçou o amigo com muito carinho o agradecendo por tudo. Então, antes de entregar o cordeirinho ao empregado que o guardaria até que fosse levado ao Templo para ser sacrificado por um sacerdote, Jesus afagou-o e lhe disse doces palavras de ternura ao seu ouvido, para que ele se sentisse amado e soubesse que o sacrifício de sua vida não seria em vão, e, depois, o abençoou. Depois, dirigindo-se a José de Arimatéia rogou-lhe para deixar ele a sós com seus doze discípulos, pois seria uma cerimônia secreta. José de Arimatéia já o sabia que assim seria e se retirou com seus servos, deixando apenas dois serventes para vigiarem a porta para que nenhum estranho entrasse na casa, pois temia pela segurança de Jesus naquela Páscoa, pois sabia que o sumo-sacerdote Caifás e seus asseclas o queriam matar.
Estando a sós com seus discípulos, Jesus como era costume da lei que ordenava que se lavasse as mãos antes das refeições para que fossem purificadas, também estava na lei que igualmente deveriam ser lavados os pés quando se fosse oferecer um “sacrifício ao Senhor, e por Ele fora ordenado aos sacerdotes descendentes de Araão, irmão de Moisés, que assim o fizessem para que não morressem. (Êx. 30:17-21) Assim, Jesus levantou-se do seu lugar, depôs as suas vestes, e, pegando duma toalha se cingiu com ela. Em seguida, deitou de água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los coma a toalha que estava cingido. Quando chegou a vez de Simão Pedro, ele disse a Jesus:
- Senhor, queres me lavar os pés!…
Ao que Jesus respondeu-lhe:
- O que faço não compreendes agora, mas compreende-lo-ás em breve.
Disse-lhe Pedro cheio de indignação:
- Jamais me lavarás os pés!…
Jesus achando graça em Pedro, sorriu para ele e perguntou com ternura:
- Se eu não lavar teus pés, não terás parte comigo…
Vendo que não entendera nada antes e consciente de seu orgulho tolo, Pedro exclamou:
- Senhor, não somente laves os meus pés, mas também as mãos e a cabeça!…
Jesus sorrindo mais ainda e balançando levemente a cabeça como quem se diverte, disse a Pedro:
- Aquele que já se banhou só necessita lavar os pés e as mãos para ficar inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!…
Jesus assim o disse porque havia entre os seus discípulos um que mesmo após Jesus fazer-lhe a lavagem de seus pés, mesmo estando purificado, se deixaria contaminar pelo pecado novamente.
Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes para compor-se, Jesus sentou-se novamente no seu lugar à mesa e perguntou ao discípulos:
- Vós me chamais de Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu sou. Logo se eu, vosso Senhor e Mestre, vos laveis os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns dos outros. Ou seja, vós precisais vos servir mutuamente com toda humildade e não querer ser um melhor ou superior ao outro. Dei-vos o exemplo, para como eu fiz vós também façais uns aos outros. Em verdade vos digo O SERVO NÃO É MAIOR DO QUE O SEU SENHOR, NEM O ENVIADO MAIOR DO QUE AQUELE QUE O ENVIOU. Se compreenderdes estas coisas felizes sob a condição de as praticardes. Não digo isso de vós todos; conheço os que eu escolhi; mas é preciso que se cumpra as palavras da Escritura: “Até o próprio amigo em quem eu confiava, que partilhava do meu pão, levantou contra mim o calcanhar (Salmo 40:10) E, eu vos digo isso antes que aconteça, para quando acontecer, vós creiais e reconheçais que sou eu. Em verdade, em verdade vos digo: QUEM RECEBE AQUELE QUE EU ENVIEI, RECEBE A MIM, E QUEM ME RECEBE, RECEBE ‘AQUELE’ QUE ME ENVIOU.
Quando acabou de dizer isso, Jesus ficou perturbado em seu espírito, pois aquele que iria o trair apesar de tudo que ele falara mantinha-se em silêncio e não lhe pedia perdão de seu pecado, antes o tivesse pedido… Então, Jesus declarou abertamente em acusação:
- Em verdade, em verdade eu vos digo; um de vós me há de trair!…
Os discípulos se olharam uns aos outros, sem saber de quem Jesus falava. Simão Pedro que estava ao lado de João, o qual tivera lugar ao lado de Jesus, reclinado em seu divã pediu ao ouvido daquele discípulo que Jesus mais amava, que perguntasse-lhe de quem ele falava, João reclinou-se em direção ao peito de Jesus e aflito perguntou para ele num sussurro:
- Senhor, quem é o traidor?
Jesus respondeu:
- É aquele que eu der o pão embebido.
Em seguida, Jesus molhou o pão e deu-o a Judas Iscariotes. Naquele exato momento, Judas soube que Jesus já sabia de sua traição, que o tinha vendido por miseráveis 30 denários de prata, não sentiu vergonha, mas mais raiva ainda e sentiu-se tomado de fúria, e seus olhos flamejaram como se estivesse sendo possuído por um demônio, seu próprio demônio, pois tinha Judas Iscariotes um espirito colérico. Jesus então vendo o que se passava no ser de seu traidor, disse-lhe:
- O que queres fazer, faze-o depressa.
Mas, ninguém além de João e Pedro soube por qual motivo Jesus dissera aquelas palavras a Judas Iscariotes, pois como Judas tinha a bolsa de dinheiro pensavam que Jesus tinha dito aquelas palavras em razão de algo que ainda fosse preciso comprar para a festa, pois ainda as trombetas do Templo não tocaram, ou tivesse ido dar alguma coisa aos pobres. Mas, tendo recebido o pedaço de pão embebido, Judas Iscariotes apressou-se em sair da sala e da casa de José de Arimatéia. (Jo 13: 1-30)
Já era o crepúsculo e o sol estava se colocando no Mar Morto, quando se ouviu o som das trombetas de prata do Templo tocarem dando a ordem para que se iniciasse o sacrifício da oferenda pascal. Então, Jesus ordenou a dois de seus discípulos que levassem ocultamente o cordeiro deles ao templo para que fosse degolado por um sacerdote levita açougueiro conforme era ordenado pela Lei para que o animal não tivesse nenhum tipo de sofrimento na morte, cortada pois a artéria na altura do pescoço o sangue do holocausto era escorrido numa calha no átrio das ofertas em frente ao altar, onde um grande fogo queimava. Isso porque era proibido por Deus comer do sangue de qualquer ser vivo, pois no sangue é que se encontrava a alma a centelha de vida, a qual tinha que ser libertada do corpo da vítima. A cada vitima do holocausto pascal os Levitas diziam: “Aleluia! Nós saudamos o Senhor, nós louvamos o Senhor! Nós seus servos locamos o nome do Senhor” e os donos a quem a vitima era destinada respondiam: “Louvado seja o nome do Senhor deste dia para todo sempre!”
Logo João e Simão Pedro saíram do Templo e João carregava o cordelinho sacrificado em suas costas embrulhado num pano e Pedro o seguia. Quando voltaram o sol já tinha mergulhado no Mar Morto e a noite anunciava a chegada do novo dia 13 de Nissan, o sexto dia da semana. Os dois discípulos subiram ao salão no terraço onde eram aguardados e foram colocar o cordeiro pascal para assar em fogo brando conforme o costume e como era ordenado pela lei, pois só seria consumido ao final daquele sexto dia, na ceia pascal. E todos esperavam que Jesus estivesse com eles para a ceia pascal. E quando o cordeiro começou a ser assado uma estranha luz apareceu no céu, parecia como se fosse a primeira luz do início da criação, pois era uma luz que ninguém vira no horizonte até então, pois dava aos céus vários tons de azuis e no horizonte uma linha prateada parecia separar a terra do céu. A Lua cheia subia ao céu com um brilho radiante derramando sua luz prateara sobre a terra fazendo reluzir as pedras como se fossem diamantes. Neste exato momento a voz de Jesus se fez ouvir quebrando o silêncio, e era tomada de devoção no recinto iluminado com as lâmpadas de óleo preciso perfumado a forma como Deus ordenara para as ocasiões solenes e sagravas de unções e holocausto. E passando um pouco desse perfume nas mãos que permitia ao sacerdote consagrar a Deus tudo que tocasse, Jesus através da unção santa disse:
- Agora é glorificado o Filho do Homem, e Deus é glorificado nele; também Deus o glorificará em si mesmo e o glorificará em breve. Filhinhos meus, por um pouco apenas ainda estou convosco. Vós me haveis de procurar, mas para onde vou não podeis ir. Dou-vos um novo mandamento: AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS TENHO AMADO, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que são meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.
Perguntou-lhe Simão Pedro:
-Senhor, para onde vais?
Jesus respondeu-lhe:
- Para onde vou tu não podeis me seguir agora, mas me seguirás quando chegar a tua hora.
Pedro era teimoso e insistiu em perguntar:
- Senhor, porque não posso te seguir agora? Darei a minha vida por ti!
Respondeu-lhe Jesus, com doloroso cinismo permeando sua voz:
- Darás tua vida por mim!… Em verdade te digo Pedro, não cantará o galo este alvorecer antes que me negues três vezes.
Voltando seu olhar aos outros discípulos, Jesus disse:
- Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus; crede também em mim. Na casa do meu Pai há muitas moradas. Não fora assim eu vos teria dito: ‘pois, eu vou vos preparar um lugar, depois de ir, eu volto e os tomarei comigo para que onde eu esteja vós estejais’, mas não foi isso que eu vos disse, porque vós conheceis o caminho para onde eu vou, e podem me seguir.
Perguntou Tomé a Jesus:
- Como podemos conhecer o caminho?
Jesus lhe respondeu:
- Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. Se me conheceis, certamente conhecêsseis, certamente conhecereis meu Pai; desde agora já o conheceis pois o tendes visto.
Então Filipe disse a Jesus:
- Senhor nos mostra o Pai e isto nos basta!
Jesus respondeu com um certo desalento em sua voz:
- Há tanto tempo que estou convosco, e não me conheceste Filipe?… Aquele que me viu, viu também o Pai. Como pois, dizes: Mostra-nos o Pai?… Por ventura, não credes que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que vos digo, não te digo de mim mesmo, mas do Pai que permanece em mim e realiza as suas próprias obras. Crede-me: estou no Pai, e o Pai em mim. Crede ao menos por causa dessas obras!… (Jo 13: 31-37 e Jo 14: 1-11)
Após dizer isso, Jesus lançou um olhar repleto de misericórdia aos seus discípulos e disse-lhe em tom solene:
- Tenho desejado ardentemente comer convosco está Páscoa. Mas o tempo do meu sofrimento está próximo.
Tomou então Jesus de um dos pães que estava na bandeja a sua frente e benzeu-o para consagrá-lo, o partiu e o deu em pedaços aos seus discípulos:
- TOMAI E COMEI, ISTO É O MEU CORPO QUE É DADO POR VÓS PARA REMISSÃO DOS PECADOS.
E todos comeram seu pedaços de pão, dado a cada um por Jesus. Então, Jesus disse tomando do seu cálice de vinho que estava cheio, rendeu graças e o consagrou dando aos seus discípulos dizendo:
- BEBEI DELE TODOS VÓS, ESTE É O CELICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA 'NOVA ALIANÇA' EM MEU SANGUE QUE SERÁ DERRAMADO POR MUITOS HOMENS EM REMISSÃO DOS PECADOS.
Repetia assim Jesus o mesmos gestos de Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote de Deus Altíssimo, que mandou trazer vinho e pão e abençoara Abraão dizendo: "Bendito seja Abraão pelo Deus Altíssimo que criou o céu e a terra! Bendito seja o Deus altíssimo que entregou os inimigos de Abraão em sua mãos!", e deu Abraão um dizimo de tudo a Melquisedeque. (Gên. 14:18-20) Foi a partir desse ritual queAbraão passou a ter conhecimento da existência do Deus Altíssimo, e veio a ter parte com Ele, estabelecendo uma "Aliança", em razão disso Jesus disso aos seus discípulos: "... o sangue da NOVA ALIANÇA em meu sangue que será derramado por muitos homens em remissão dos pecados." No dia em que Deus estabeleceu a Aliança com Abraão, Deus disse ao patriarca que resistia em acreditar nas palavras de sua promessa e pedia uma "prova" para que cresse, para dar-lhe as vidas de uma novilha de três anos, de uma cabra de três anos, um cordeiro de três anos, uma rola e um pombinho. Abraão matou os animais e os colocou sobre uma pedra em oferenda e ficou vigiando para que nenhuma ave de rapina se aproximasse da carne do sacrifício. 
Ao por do sol veio um profundo sono a Abraão, e uma espessa escuridão o assaltou e Deus disse a Abraão que os descendentes dele habitariam como peregrinos na terra numa terra que não era deles onde seriam escravizados e só após 400 anos seriam libertados e sairiam dessa terra carregando grande riqueza *(referia-se ao Egito) e só na quarta geração os descendentes dele retornariam para Canaãn, a Terra Prometida. Quando o sol se pôs , na densa escuridão viu Abraão uma tocha ardente passar pelo meio das carnes, que se tornaram um braseiro fumegaste, assando imediatamente. Portanto, a Aliança era estabelecida com carne e sangue, representando a força da energia divina de Deus e a condição de todo corpo físico de seres vivos que vivem e morrem. Enquanto a Nova Aliança estabelecidas por Jesus representa a força da energia divina de Deus, o seu Santo Espírito e o seu próprio corpo físico na condição humana ofertado em sacrifício para expiação dos pecados dos pecadores, para que assim todo aquele que COMUNGASSE da Nova Aliança, pudesse fazer parte do "corpo" de Deus, tanto em seu Santo Espírito como na permanência da manifestação do corpo físico, o Templo de Deus na terra. Pois todo ser vivo de certa maneira sacrifica sua vida à Deus, dá a sua vida para a criação de Deus, para sua glória e eternidade, e isso faz parte do grande mistério sobre a vida e a morte que Jesus em nome de Deus veio revelar a toda a Humanidade.
E Jesus passou o cálice a João que dele bebeu um gole e passou para Pedro que fazendo o mesmo passou ao seu vizinho, até que todos os 11 discípulos bebessem do mesmo cálice, chegando novamente às mãos de Jesus, que bebeu seu último gole, e ao beber do vinho disse:
- Doravante não beberei mais deste fruto da vinha até o dia que o beberei de novo convosco estando em mim o reino de Deus. (Mt 26: 17-29; Mr 14: 12-25 3 Lc 22: 7-21)
E depois de dizer isso, Jesus disse para que compreendessem:
- Eu sou a videira verdadeira, e o meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará; e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto. O ramo não poderá dar fruto por si só, precisa estar na videira. Assim, vós também não podereis dar frutos se não permaneceis em mim. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muitos fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanece em mim, e está lançado fora não permanecerá. Se permaneceres em mim e eu permanecer em vós, pedireis tusso o que quiseres, e vos será feito. Nisto é glorificado o meu Pai, pois foi desejo dele que torneis meus discípulos e que deis muito frutos. Como o Pai me ama, assim também vos amo. PERSEVERAI NO MEU AMOR. Disse-vos estas coisas para que amanha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa. Este é o meu mandamento: AMI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMO. NINGUÉM TEM MAIOR AMOR DO QUE AQUELE QUE DÁ A SUA VIDA POR SEUS AMIGOS. (Jo 15: 1-9)
Então os discípulos disseram a Jesus:
- Eis que agora falas claramente e tua linguagem já não é figurada e podemos entender. Agora sabemos que conheces todas as coisas e que não necessitas de ninguém que te pergunte mais nada. Por isso cremos que saístes de Deus.
Mais uma vez Jesus fechou os seus olhos, pois sabia que aquelas palavras eram desejosas de serem verdadeiras, mas não correspondia a verdade da realidade, então disse com dor na voz:
- Credes agora?… Eis que vem a hora que sereis espalhados, cada um para o seu lado, e me deixareis sozinho. Mas, não estarei só, porque o Pai está comigo. Eu fiz referência a estas coisas celestiais para que vós tenhais paz em mim. No mundo vós tereis grandes aflições. Coragem! Eu venci!
Dizendo essas últimas palavras Jesus se levantou para sair, e os discípulos o seguiram, e a lua cheia brilhava alta no céu estrelado. O grande dia da vingança do Senhor estava para começar.
  • Da coletânea de crônicas diárias publicadas no meu  perfil do Facebook  de dezembro/2014 a abril/2015.

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