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sábado, 2 de janeiro de 2016

JESUS, AMOR & FÉ - 31. JESUS DESPREZADO EM NAZARÉ

JESUS, AMOR & FÉ *

31. JESUS DESPREZADO EM NAZARÉ

JESUS DISSE: “AQUELE QUE PROCURA NÃO DEIXE DE PROCURAR ATÉ ENCONTRAR; QUANDO ENCONTRAR, ELE SE PERTURBARÁ; DEPOIS DE SE PERTURBAR ELE FICARÁ MARAVILHADO E REINARÁ SOBRE O TODO”. ( Tomé 2)
Ainda naquele dia em que falava ao povo de Cafarnaum sentado na popa da barca, Jesus ainda lhes falou mais algumas parábolas explicando como era o Reino dos céus, e assim ele o descrevia:
- O reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo (Mt. 13:44). O reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. E encontrando uma de grande valor, vai vende tudo que possui e a compra (Mt 13:45-46). Vós também deveis buscar o tesouro que não acaba, que permanece, onde nenhuma traça pode penetrar para roer e onde o verme não estraga (Tomé 76).
Jesus quer dizer que quem descobre a Fé dentro de si, se maravilha com a descoberta, pois é como encontrar a fonte da própria vida, e sem dúvida dará tudo o que possui por ela, pois sabe que com Fé mesmo o impossível é possível.
Tendo dito essas coisas encerrou suas palavras dizendo:
- Quando vós possuíres isto *(o Reino dos céus) em vós, aquilo *(a Fé) que tiverdes vos salvará. Se vós não tiverdes isto *(o Reino dos céus) em vós, aquilo *(a Fé) que não tiverdes em vós vos fará morrer. (Tomé 70)
Olhando para aqueles que ali permaneceram o ouvindo, Jesus perguntou:
- Compreendeste tudo isto?
E muito responderam:
- Sim, Senhor!”
Então, Jesus os despediu dizendo:
- Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus, é comparado a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas (Mt. 13:51).
Após ter exposto as parábolas, Jesus partiu de Cafarnaum e retornou para sua cidade, Nazaré, nas montanhas da Galiléia. E lá ele começou a ensinar na sinagoga, de modo que todos comentavam admirados entre si:
- Donde lhe vem essa força miraculosa?
- Não é este o filho de José, o carpinteiro?
- Não é Maria, sua mãe?
- Não são seus irmãos: Tiago, José, Simão e Judas?
- E suas irmãs não viviam todas entre nós?
- Donde lhe vem pois tudo isso?
Devido a tanta incredulidade Jesus não pode fazer ali muitos milagres. Curou apenas alguns poucos enfermos, impondo-lhe as mãos. Jesus admirava-se da desconfiança daqueles que o conheciam desde que era criança. Assim, percorria as aldeias circunvizinhas ensinando. 
Um dia, Jesus entrou na sinagoga no dia de sábado e segundo o seu costume e levantou-se para ler os textos sagrados, e foi lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro, escolheu a passagem onde está escrito (61:1s): “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos restauração de vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ANO DA GRAÇA DO SENHOR.” 
E terminando de ler, enrolou o livro e o dei ao ministro e voltou a sentar-se em seu lugar. Mas, todos que estavam na sinagoga estavam com os olhos fixos nele. E vendo seus olhares indagativos, disse-lhes:
- Hoje se cumpriu esta oráculo que vós acabais de ouvir.
E todos lhe davam testemunho e se admiravam das palavras de graça, que procediam da sua boca, mas murmuravam entre si:
- Mas, este não é o filho de José?
Depois perguntaram a ele:
- Por que não fazes aqui na tua pátria todas as maravilhas que fizeste em Cafarnaum?
Então Jesus lhes disse:
- Em verdade vos digo, muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando se fechou o céu por três anos e meio e houve grande fome em toda a terra, mas a nenhuma delas foi mandado Elias, senão a uma viúva em Sarepta, de Sidônia. Igualmente havia muitos leprosos em Israel no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi limpo senão o sírio Naama. Um profeta só é desprezado na sua pátria.”
Ao ouvirem essas recriminações de Jesus os que ali estava levantaram-se e o lançaram fora da sinagoga, pois estavam indignados por que Jesus não daria aos nazarenos seus conterrâneos a mesma atenção dada aos estranhos de outras terras. Ele, porém, passou por entre eles e retirou-se para sua casa (Mt.13:53-58; Mr. 6:1-6 e Lc 4: 16-30).
Depois disso, Jesus chamou seus doze discípulos, e começou a enviá-los, dois a dois; e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos. Ordenou-lhes que não levassem coisa alguma para o caminho, senão somente um bordão; nem pão, nem mochila, nem dinheiro no cinto; como calçado, unicamente sandálias, e que se revestissem de duas túnicas. E disse-lhes: - "Em qualquer casa que entrardes, ficai nela, até vos retirardes dali. Se em algum lugar não vos receberem, nem vos escutarem, saia dali e sacudi o pó dos vossos pés, em testemunho contra ele." Eles partiram e pregando o Evangelho. Expeliam numerosos demônios, ungiam com óleo a muitos enfermos e os curavam.(Mt.10:5-15; Mr. 6:7-12 e Lc. 9:1-6).
Por essa experiência de uma vida de andarilho, vivendo apenas como se estivesse de passagem, Jesus queria que seus discípulos aprendessem a se desapegar das coisas materiais, de modo a forjar neles um espírito de independência e liberdade, livre da escravidão das necessidades, para que assim viessem a confiar em Deus quanto aos seus destinos, pois bem sabia Jesus que um caráter se provava na superação das dificuldades. E, Jesus permaneceu sozinho, usufruindo um pouco do aconchego do lar da sua infância, apenas na companhia de sua mãe e alguns familiares. Enquanto aguardava o novo tempo que se iniciaria com a chegada do outono.

  • Da coletânea de crônicas diárias publicadas no meu  perfil do Facebook  de dezembro/2014 a abril/2015.

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